terça-feira, 25 de setembro de 2007

Shortbus


John Cameron Mitchell conseguiu mais uma vez, primeiro com sua exitosa e transcendental obra prima "Hedwig and the angry inch", para logo desenvolver uma obra muito mais madura, na qual poucos diretores atraveria a por as mãos.


Não é segredo pra ninguem que é um filme graficamente sexual, como poucos, conta a historia de um grupo de pessoas que logo apos o atentado de 11 de setembro se uniram pra compartilhar de um lugar pouco comum, o clube Shortbus, no qual o sexo tem o papel mais importante.


Com uma cena de abertura que apresenta como sera grafico, sexual e livre de preconceitos; mas pouco a pouco, vamos nos dando conta dos temores, prazeres e problemas de cada um dos personagens.


Sofia, uma terapeuta sexual interpretada magnificamente por Sook Yin Lee, que ironicamente não alcança o orgasmo. Um casal de gays, Jamie e James que querem uma relação aberta e Severin, uma dominatrix impossibilitada de ter uma relação sentimental que por isso anda pelo mundo com seus sonhos frustrados de artista buscando um rumo.


Todos se encontram no Shortbus, o clube noturno que esta repleto de todo tipo de sexo gay, hetero, fetiche e voyerismo. Ali a hostess do clube, Justin Bond, interpretando a si mesmo, introduz uma Sofia, fechada, introvertida a um mundo que como ele mesmo diz é como os anos 60, mas sem a mesma esperança; onde as possibilidades e prazeres são muitos, onde podera encontrar a pessoa aberta e apaixonada que esta presa dentro dela e consequentemente o orgasmo. Esse grupo se reune e se conhece, um a um, compartilhando experiencias e problemas num lugar onde o preconceito não existe e pode fazer o que tem vontade. O lugar, cheio de estranhos, refletira seus desejos em outras pessoas e conhecerão pessoas singulares que apresentarão mas que o proprio mundo.


As atuações estão perfeitas, principalmente a dominatrix enigmatica e desesperada que nos apresenta uma sociedade minoritaria que se reune nesse lugar pra se isolar dos padrões imspostos pela sociedade e claro para ter sexo.


Musica perfeita e nos momentos certos de artistas como Yo la tengo e The Ark, nos comove e nos leva agarrado a mão como se estivessemos presenciando um musical, com um final visceral e esperançoso, que representa a união dessa sociedade e nos convida a pensar.

Nos conseguiremos no final?

Eles conseguirão no final?

Teremos paz?


É mais que uma experiencia do cinema indie que mostra como uma sensivel, penetrante e competente direção cultiva o bom cine.


É um filme sobre o amor, a sexualiadade e o proprio ser humano.


nota 9

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