sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Os Estranhos (The Strangers)


O trailer era fantástico, com ótima fotografia e uma ótima ambientação, mas o filme acabou sendo lento, enfadonho, absurdo e sem fundamento. Poderia ser resumido em apenas dois minutos de seqüência, porque a maior parte do tempo é gasto num primeiro plano da bela Liv Tyler e seus intermináveis passeios pelas casas atrás dos infames ‘estranhos’. O pior de tudo é que os invasores, parece ter alguns poderes como super velocidade, tele transportação e visão de raio-x, para saber onde esta o casal.

Sobre o comportamento humano nesse tipo de filme prefiro não comentar.

A parte do celular e do carro é ridícula.

Mas o pior de tudo é que pode ter uma seqüência, já que começa como acaba deixando-nos com a sensação de termos perdido duas horas de nossa vida.

Não recomendo para ninguém por ser chato e por não ter conteúdo. Por que se trata de um produto para levantar dinheiro à custa do público que espera um bom filme por culpa do trailer. Não recomendo por ser triste e vazia e acima de tudo não recomendo porque, no fim, faz-te sentir como um idiota por causa do comportamento dos três encapuzados, que a única coisa que a única coisa que me provocou foi uma enorme gargalhada.

Apenas salva a fotografia, o som (ótimo) e a atmosfera criada pelo diretor, mas o resto não funciona.

Nota 3

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

A Casa de Alice


O filme é um retrato comum da família de hoje, pode ser algo generalizado para a família global, mas pode e devem centrar-se onde os filhos não se desligaram do lar e escolheram que a família desenvolva seus dias assim. Esta é a casa de Alice, ela, o marido e os filhos vivem em um pequeno apartamento com sua mãe, num subúrbio de São Paulo.

A câmera de Teixeira se concentrar nessa família disfuncional e sua expectativa mostra ingratidão, falta de tolerância, frustração e cinismo. O apartamento de Alice não se caracteriza pela paz e sim pelos gritos e abusos, cada um tem uma historia que não esta interligada entre os demais integrantes e existe uma imensa busca de atenção e amor. Criticas do machismo e o abuso dos idosos, a moral dúbia e as de saídas fáceis e erradas.

Dizem que a cultura sul-americana tem como a principal prioridade a família e não esta mal essa tendência de tentar manter-la unida. Mas o problema é quando os conflitos em casa se tornam habitual, considerados como normais, mesmo que todos os membros sejam afetados. O retrato de A Casa de Alice pode tornar-se comum nos paises latinos americanos, onde a situação econômica difícil e a explosão demográfica acabaram em apartamentos habitados por duas ou três gerações de uma família, que não optaram por sair e vivem em constante disputa com os verdadeiros proprietários.

Depois de Cidade de Deus os cineastas brasileiros têm um desafio constante em ultrapassar, mas é um fato positivo porque implica que a qualidade de nossos filmes tentará ser os melhores e não ficarão somente na tentativa.

A Casa de Alice é uma outra opção mais adequada aos problemas de uma família que é a estrutura menor de uma sociedade.


Nota 7.5

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Transsiberian




Emocionante filme de suspense que diverte graças ao enredo bem armado. Uma história com muitos enredos que vai aumentando a intensidade e o nervosismo, resultando em uma história onde misteriosos personagens são combinados com deliberada sobreposição, uma sórdida atmosfera onde a desconfiança e o perigo rondam constantemente, sugestivas paisagens geladas e claustrofóbicas sensação da impossibilidade de escapar quando o perigo ameaça inesperadamente entre as paredes dos vagões.

“Transsiberian” nos presenteia com interpretações sólidas do elenco, onde para mim Emily Mortimer consegue a interpretação mais convincente de todas, encarnando uma mulher que tenta esquecer os erros do passado e que não quer reincidir por amor ao homem que escolheu pra ser seu. Claro que as dificuldades vão se armando uma após a outra no Expresso Transsiberiano, colocando tudo muito mais difícil.
O resto do elenco acompanha corretamente, destacando Woody Harrelson como o esposo solidário que se envolve sem intenção em assuntos perigosos, o espanhol Eduardo Noriega e Kate Mara como coadjuvantes contribuindo intrigantemente com seus enigmáticos personagens e é obrigatório citar a experiência e o desempenho de um sóbrio Bem Kinsgley que espalha toda sua sabedoria para interpretar um personagem que detém bastantes surpresas.

O filme cativa porque seus cenários geram sentimentos de ansiedade e insegurança, porque o Expresso já não da margem à segurança, porque o território russo é hostil..., mas, sobretudo porque o argumento é bem orquestrado e vai conseguindo uma tensão emocional crescente com as tramas se desenvolvendo e mostrando situações complexas onde o menor erro significa a morte.

È um filme sobre crimes, trafico de drogas, corrupção, mentiras e verdades ocultas tingida de muita maldade onde a intenção de fazer o bem se dissolve rapidamente ar tão sombrio em que é inalado dentro do trem e nesses desolados e congelados cenários naturais da Lituânia.

Um filme intenso com suspense e tensão ao melhor estilo Hitchcock, um suspense frio repleto de planos escuros que deslizam sobre trilhos... Sobre frios e congelados trilhos de aço!

Nota 8

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Hellboy 2 - O Exercito Dourado (Hellboy 2 - The Golden Army)


O diretor mexicano volta à tona com seu personagem fetiche Hellboy, o herói criado por Mike Mignola não poderia ter caído em melhor mão e me da saudade de outra ótima seqüência, “Batman Returns” do também grandioso Tin Burton, se em sua primeira incursão algo estava impedido, aqui tudo é liberado como num carrossel do qual não queremos ficar de fora, as semelhanças entre o cinema de ambos os cineastas são mais que evidentes e complementares, os dois possuem um universo particular único e intransferível, autores sem limites na imaginação, criadores de essências, verdadeiros mágicos do celulóide.

Pura orgia visual, perfeita demonstração do que deve ser uma boa adaptação dos quadrinhos, cine ‘pulp’, divertido e com vontade de vencer, um combinado delicioso que nos embebeda sem arrependimentos, uma constante montanha russa, poder e criação de um filme mágico e agradável até o final.

O roteiro é pouco consistente que às vezes escorrega mas é perdoável, as mensagens muito tímidas que soltam durante o filme no plano ecológico tão de moda ou a critica social sobre o preconceito da sociedade aos que são diferentes, mas isso não compromete o resultado final, também como ponto negativo é deixar a trama aberta para uma terceira parte, mas que será bem vinda.

O MELHOR: o mundo mágico que o diretor nos transporta constantemente, repleto de criaturas e seqüências com forças indescritíveis. O poderoso prefácio da infância de Hellboy, a batalha contra o Deus do Bosque, a canção cantada por Hell e Sapien, a musica de Danny Elfman, a fotografia de Guillermo Navarro, o excepcional trabalho de maquiagem, sua atmosfera e muito mais...

O PIOR: um vilão sem sal.

Nota 8