quarta-feira, 24 de setembro de 2008

A Casa de Alice


O filme é um retrato comum da família de hoje, pode ser algo generalizado para a família global, mas pode e devem centrar-se onde os filhos não se desligaram do lar e escolheram que a família desenvolva seus dias assim. Esta é a casa de Alice, ela, o marido e os filhos vivem em um pequeno apartamento com sua mãe, num subúrbio de São Paulo.

A câmera de Teixeira se concentrar nessa família disfuncional e sua expectativa mostra ingratidão, falta de tolerância, frustração e cinismo. O apartamento de Alice não se caracteriza pela paz e sim pelos gritos e abusos, cada um tem uma historia que não esta interligada entre os demais integrantes e existe uma imensa busca de atenção e amor. Criticas do machismo e o abuso dos idosos, a moral dúbia e as de saídas fáceis e erradas.

Dizem que a cultura sul-americana tem como a principal prioridade a família e não esta mal essa tendência de tentar manter-la unida. Mas o problema é quando os conflitos em casa se tornam habitual, considerados como normais, mesmo que todos os membros sejam afetados. O retrato de A Casa de Alice pode tornar-se comum nos paises latinos americanos, onde a situação econômica difícil e a explosão demográfica acabaram em apartamentos habitados por duas ou três gerações de uma família, que não optaram por sair e vivem em constante disputa com os verdadeiros proprietários.

Depois de Cidade de Deus os cineastas brasileiros têm um desafio constante em ultrapassar, mas é um fato positivo porque implica que a qualidade de nossos filmes tentará ser os melhores e não ficarão somente na tentativa.

A Casa de Alice é uma outra opção mais adequada aos problemas de uma família que é a estrutura menor de uma sociedade.


Nota 7.5

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