domingo, 30 de dezembro de 2007

Onde os Fracos não têm Vez (No Country For Old Men)



No Country For Old Men é um feliz retorno dos irmãos Coen as raízes; cheio de violência seca com personagens perturbadores encarnados por atores brilhantes, todos eles em estado de graça num filme perfeito, cheio de força, com excelentes diálogos, perfeito em todos os aspectos técnicos e um roteiro brilhantemente bem construído que nos brinda com maestria o regresso dos irmãos Coen.

O roteiro absolutamente redondo, sem buracos, tudo se encaixa num perfeito quebra-cabeças, de maneira sóbria e sofisticada em que, a partir de um fato desencadeia um espiral de violência que vai crescendo em progressão geométrica e que ninguém pode para, nem mesmo a policia.

No Country For Old Men é daqueles filmes que se faz de tempos em tempos e por isso devemos desfrutar durante muito, muito tempo e não tem outra maneira devido ao panorama atual do cine mundial.

Uma pena que por sua condição ‘indie’ No Country For Old Men, não vai atingir a todos.


Nota 10

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Trem da Vida - Train de Vie


Nunca gostei de “A Vida é Bela, morava no exterior quando lançaram esse filme e ele disputou com “Central do Brasil” que assisti sobre lagrimas, ainda mais quando soube que Benigni roubou a idéia de Mihaileanu, já que este enviou o roteiro pra ver se lhe interessava.

“Trem da Vida” é um drama visto com uma mirada irônica e inclusive surrealista, onde algo inconcebível se transforma no real, uns personagens que temos carinho e uma historia impossível em época de horrores, onde o humor abre o caminho, ri e chorei nesse filme onde se faz pensar nas ilusões que muitas pessoas vivem ou viveram para serem livres.

Vitalidade, humor, musica e penúrias, igual a Kusturica. Similar , diria eu, mas pelo menos as piadas aqui são engraçadas e as situações imprevisíveis e engenhosas. A carga critica e a acidez são importantes. Se questiona o judaísmo, a violência e a condição humana... sempre com humor.

Belo filme.



Nota 8

Eu sou A Lenda - I Am Legend


Terceira adaptação cinematográfica do livro escrito em 1956 Por Richard Matherson e a melhor feita até o momento de maneira livre baseada no excelente livro mencionado.
O filme pega a premissa da adaptação protagonizada por Charlton Heston nos anos 70, mas devidamente atualizada e melhorada no argumento e Will Smith é a cara desse tipo de filme.

O livro é estrondoso e dramático em partes iguais, mas com possibilidades de poder levar a tela com diversas modificações.

Assisti “The Omega Man” com Heston e me chegou à boca um sabor agridoce, uma boa idéia jogada fora num roteiro pobre. Mas a obra não esta toda ali e sim alguns personagens e a trama de ser o único sobrevivente.

Chegamos a 2007 e noto que a versão nova supera a original (não era tão difícil) e leva a cabo a adaptação com orgulho, ritmo e imaginação. Dou graças a Deus que não foi dirigido por Ridley Scott e nem protagonizado por Nicolas Cage... E se fora pouco, tem um final bem sugestivo (sabia que não ia me impactar tanto como o fim do livro).

Peca nos efeitos digitais, deveriam ser artesanais, teriam mais impacto.
Ótima diversão.


Nota 6,5

domingo, 16 de dezembro de 2007

The Brave One - Valente


Os espectadores acostumados a assistir filmes fáceis, nos quais os bons são muito bons e os maus são extremamente malvados ou filme simples e apto para os encefalogramas planos de uma elevada porcentagem da audiência surpreende encontrar um filme como esse, que se arrisca e treme na fina linha que mostra essa parte de nos mesmos que temos medo de aceitar e inclusive mostrar.

O melhor de “The Brave one” é o risco do roteiro, assim como a prodigiosa capacidade de prender o espectador numa teia emocional com o único fim de conduzi-lo a um clímax final perfeito medido e estudado e ‘valente’ resolução.

A estupenda atuação de Foster consegue transmitir a lenta e profunda mutação sofrida por uma mulher submetida à poderosa ameaça do medo irracional e como isso se deterioração vai despedaçando os valores morais e transformando o individuo em algo mais perto que um animal irracional que um ser humano. Essa progressiva destruição acompanha uma carga emocional projetada através da visão do policial, que assiste sem conhecer as causas reais, mas entrando de forma evidente na questão e sem duvidar nenhum momento em oferecer apoio a protagonista.

Jordan dirige o filme com mâo de ferro e sem fissuras que faz que o espectador participe do surpreendente prazer que proporciona a vingança. Um prazer imoral, mas absolutamente inevitável frente um processo tão evidente de deterioração emocional. O arriscado do filme é manter essa mão de ferro ate o delicioso final, onde, num equilíbrio no fio da navalha entre o justo e o injusto, a moral e o imoral, o obvio e o surpreendente, o espectador descobre um pavor que é o dilema de ser moral o tempo todo e se converter em alguém puramente emocional.

O filme não justifica nada, essa seria uma visão simplista do assunto. O incorreto segue evidente diante os nossos olhos. O pavoroso é quanto à fragilidade desmorona nossa humanidade diante de situações limites. Devemos crer no sistema e na justiça se queremos viver em sociedade, mas, em nosso interior, o direito natural a vingança (que nos é proibido por mostrar nossa necessidade de convivência e nossa consciência de seres civilizados) sempre a espreita. Porque ainda que nosso intelecto e nossa ética nos impulsionem (ou ao menos deveria nos impulsionar sempre) a fazer o correto (fato louvável que nos converte em animais racionais), como seres humanos, nossa parte irracional segue ali, no mais profundo... E às vezes sai, e não sabe da moral, nem da justiça, nem da paciência e é incontrolável.

Totalmente incontrolável.


Obs: alguém tem um revolver pra vender...

Nota: 8

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

30 Days of Night - 30 Dias de Noite


David Slade faz um filme regular que consegue roçar o suspense extremo.

Lacunas no roteiro e muita ausência de racionalidade, isso sem falar dos efeitos e alguns detalhes minimalistas que somente os fãs irão gostar, mas no seu conjunto foi um filme que no seu desenho e expectativa me decepcionou, não totalmente porque desde sempre assistindo o trailer, não esperava muito, mas devido à obra espera mais. O final pseudo poético esta distante de ter qualquer originalidade, algo que já se viu em “Entrevista com o vampiro” e que não mostra nada de novo aos filmes da índole, mas talvez o pior seja sua pretensão de ser o que não é.

A falta de definição (às vezes precisamos de excessos de explicações), a sua exagerada confiança na boa fé do espectador para entrar no jogo sem esforçar tudo que poderia.

No resumo, ’30 dias de noite’ é um filme de gênero contundente, claustrofóbico, que 60% de suas possibilidades realizadas pelo menos por alguém que sabe criar atmosferas doentes e horrorosamente apaixonantes.

SPOILERS

Vampiros malvados e com dentes e olhos negros aproveitam os 30 dias correspondentes de escuridão de um povoado no Alasca para dar sua festinha de carne e sangue.

O vampiro chefe tem cara de vendedor de seguros de cabelos brancos que em vez de gel usa sangue e uns vampiros bobos, como um gordo que da vontade de rir ou uma garota que o rosto me lembra um leão marinho com Geena Davis em Beetlejuice quando deforma seu rosto. Um filme peculiar onde o herói Josh faz tantos sacrifícios que da vontade de aplaudir o criador da HQ e o diretor, também tem um cara que desaparece uma hora e meia do filme e volta aparecer e você fica pensando... Que é esse filho da puta? Um dos personagens mais carismáticos do filme morre e faz muita falta.

O filme começa no dia 7 e acaba nos 30, mas em três passos.
Queria que minha barba crescesse pouco como a do Josh em 30 dias, talvez seja que a barba cresça somente de dia.



Nota 6

terça-feira, 27 de novembro de 2007

D-War - Dragons War


Sempre que se fala da magia do cine da à sensação de que se trata de uma besteira um tanto cafona que serve como pretexto para justificar, ou pelo menos tentar, qualquer desastre bem-intencionado ou não, que apareça na tela.

Apesar disso, filme como esse parece que ocupa e vem dar razão a algo de intangível que consiga que produtos tão ruins prendam nossa atenção e inclusive desfruta que um pouco de tempo bobo.

Que existem deficiências no conjunto é evidente. O roteiro parece ser uma mistura de Godzilla e A Idade do Fogo, estética digna de filme de Jackie Chan, diálogos com filosofia de biscoitos da sorte de qualquer restaurante oriental e atores desnecessários.

Mas o pior sem duvida é a evidente escassez de dinheiro.
Apesar disso o da pra ver por acaso, porque o filme não se leva a serio, o ritmo é adequado e apesar dos déficits visuais tem uma seqüência bacana, a batalha na cidade que é notável.

Seguramente contrataram uns 15 nerds com um Pentium II e o 3D Max e a foder, já que não tem muito sentido. Em uma cena, tem uma serpente se contorcendo contra um edifício, vemos cair pedras como parte da animação, mas a parede continua intacta.
Isso é aplicável em quase todo o filme: efeitos como as aparições das espadas, o mais irônico é que os dragões não são tão patéticos.

O roteiro é péssimo e não me admira porque é tão patético, tem cara de desenho animado oriental vagabundo. O argumento é um lixo, avançando sem lógica ate o ponto que os dois protagonistas se conhecem e em dois minutos estão apaixonados.
Um exemplo é que o E.T. tem um aspecto mais realista que esses dragões e repteis. Não vou mencionar Jurassic Park e King Kong. Mas, apesar de tudo, consegue passar o tempo (melhor que Faustão, Gugu ou Eliana).



Nota 2

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Taxidermia


Pálfi, um dos novos e promissores cineastas húngaros, volta a nos surpreender com seu experimento cinematográfico Taxidermia.

O objetivo de Taxidermia é transgredir, algo que consegue do inicio ao fim. Mas não recorre a isso de forma gratuita.

Trata de romper tabus.

Faz uma critica ao valores da sociedade húngara (e mundial) desde a segunda guerra mundial até nossos dias. Para isso, envolve magistralmente três histórias onde existe uma clara experimentação sobre a utilização de alguns padrões dos gêneros cinematográficos.

Na primeira, expõe um relato que se debate entre a realidade e a ficção, narrado em forma de conto, onde intercala elementos próprios da animação. Na segunda, o relato responde as características de filme histórico-documental. Por ultimo, entra nos caminho da ficção cientifica. De tal forma que rompe primeiramente com os tabus sexuais, critica duramente os valores sociais do comunismo na Hungria e no final manda à merda todos os valores da sociedade contemporânea.

Seu objetivo é provocar.

Com sua atitude de denuncia, incita a reflexão, expondo sem pudores tudo aquilo que não estamos acostumados. Relembra artistas e pensadores como Baudelaire, Flaubert ou Lautrèamont em seu objetivo de criticar a sociedade desde o grotesco até o desagradável,'o proibido'. Legados que retomaram tantos outros artistas do século XX por desmaterializar a arte e criar obras utilizando vísceras, desde Schiele ate Duschamp.

Pálfi, consegue algo difícil nesse filme, o nojento e o sórdido se converte em algo belo e sublime. Mas encontrar alguém que saboreie o repugnante e que saiba ver nele algo bonito não é uma tarefa simples, o normal é encontrar milhares de detratores. Assim que, uma pessoa enganada por uma fotografia ‘à La Jeunet’, que acredita estar frente a um filme de autor, terá que pegar uma sacola de plástico para poder vomitar ao ver tão asqueroso espetáculo, no qual incluem masturbações em cadáveres de animais, automutilações e concursos no qual se disputa quem come mais.

Mas quem aprecia o gore mais fácil e barato, encontrara um produto muito elaborado para seu gosto, inclusive pretensioso, com planos perfeitos para o gênero e simbologias incompreensíveis e gratuitas.

Para ver a beleza nesse filme, terá que ter chorado em Le fabuleux destin d'Amelie Poulain e rido em Bad Taste, ter visto poesia nos anzóis dentro das pessoas em The Isle ou ter em Miike um referencial para o cine moderno.

O filme é intensamente sórdido, sim, mas também imensamente belo em sua asquerosidade, como uma pintura negra de Goya. Ainda que nem todos estão preparados para ver-la, aqui encontra-se uma obra prima; difícil, dura, sórdida, porem uma obra-prima.


Nota 9

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Ha-Buah - The Bubble - A Bolha


A historia de um judeu de Tel Aviv e um palestino de Nablús que se apaixonam em um ponto de controle... Já viram algo assim? ... Talvez mas em outros contextos. Nesse caso em pleno século 21 e mostrando as duas caras da moeda: a dificuldade de ser israelense (vários anos de serviço militar e de ser reservista toda a vida para uma causa questionável) e a de ser palestino (ter que viver como refugiado dentro do próprio país).

O filme é uma homenagem ao amor, a Tel Aviv, aos jovens e a paz.

Muito bem feita, em especial a trilha sonora com Bebel Gilberto e Ivri Lider que é brutalmente e explosivamente boa.

Eytan Fox sempre mostra a realidade da sociedade israelense arriscando-se nas criticas ao seu próprio povo.

A cena de amor entre Noam e Ashraf ao som de “Song to the siren” é de uma delicadeza extrema.

A rave na praia é emblemática.

A cena final do atentado e as frases finais são de amolecer qualquer coração de pedra.


No repeat para escrever a critica Meu grande amor - Lara Fabian



Nota 10

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Salò o le 120 giornate di Sodoma - Salò ou os 120 Dias de Sodoma


Controvertida, nojenta, irreverente e aterrorizante. O filme manda a puta que pariu a aristocracia, a justiça, a política e o clero... Por isso eu amo.

Um grupo representativo de poderes, a decadência do estado fascista italiano, um castelo com seus guardas, seus empregados e seus vícios. Com uma perfeita disciplina militar, junto com uns valores anarquistas se seguido de uma inumerável mistura de calores políticos, uns personagens sinistros (oito no total, quatro homens e quatro mulheres) dão renda solta a suas fantasias obrigando um grupo de adolescentes a satisfazê-los. Neste caminho ate a depravação e a exaltação da dor, pode se intuir que os condenados serão vitimas cúmplices e executores.

O diretor nos faz uma leitura interessante sobre as extremidades do homem. Como o cachorro raivoso que não pode beber água (segundo a lenda, porque ele vê a sua doença e a morte no reflexo da água) e necessita morder, estes homens que não podem beber outra coisa alem de sangue.

Os conhecimentos para o uso de ferramentas alegóricas e o panteão de erotismo que Pasolini desenvolve em toda sua filmografia chegam ao topo nesta obra que sempre coloca um antes e depois pra tudo aquilo que se vê pela primeira vez. Se for assistir a esse filme com o estomago desprevenido, talvez acabe mal. Também não é aconselhável para quem desfruta da narração, já que o desfrute aqui é tão intelectual quanto à profundidade da dor e o sadismo que a alcança o filme.

Porque o desejo absoluto de poder e o desejo da matéria (Porque desejamos, quando já temos tudo e só podemos aspirar a ter coisas nesse mundo) levantam ondas de sangue, onde a coragem e o ínfimo (a dor, o prazer, a vida) se confundem e é nessa confusão onde vive o diabo.

Repugnante? Sim, sem nenhuma duvida.
Verdadeira? Infelizmente, sim
Poder e perversão levada ao extremo.

Nota 8

Superbad - É Hoje





Uma das comedias mais engraçadas que vi.

Três personagens da vida, cada um com seu estilo, que fazem seus personagens tão saudosos.

Possui os diálogos mais engenhosos da comedia americana, isto misturado com situações irrisórias e personagens bem elaborados.

Tem que assistir, é difícil alguém ficar quase duas horas sentado numa poltrona e se contorcendo de dar risadas. É um filme para jovens e feita por jovens, talvez por isso que os filme para jovens falham, porque são feitos por quase quarentões. Mas se você não for jovem, não tem problema, por que... Quem nunca desenhou pênis nos cadernos? Como eram nossas conversas com colegas? Sexo, sexo, sexo, por todos os lados. Nisso acerta o filme na maneira de expor, me identifiquei com algum dos personagens, os diálogos hilariantes e o Mclovin.

Muito mais que as motivações que um adolescente tem como o álcool e o sexo, o filme trata de forma realista e com personagens com personalidade bem desenhada, nesse momento da vida que não apenas damos conta que crescemos, amadurecemos e temos a obrigação de construir o alicerce de nossa vida adulta deixando atrás os amigos de toda vida que tantas coisas compartilhamos juntos.

Por Deus, ninguém fode uma torta de maçã, ninguém introduz o pênis num buraco do vestiário feminino, ninguém entra numa casa com uma moto... Mas as situações que vivem o trio central já aconteceram ou pode acontecer com todos.
Nos anos 80 tínhamos Ferris Bueller, agora temos Mclovin.

O cinema deu um passo a mais no gênero com esse delicioso filme.

Quanto à homossexualidade que alguns apontam não existe, é apenas amizade fraterna, amizade de alma, amizade verdadeira e de irmãos que poucos chegam a ter ou pelo menos conhecer.

Nota 9.5

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Lions For Lambs - Leões e Cordeiros




Assistindo a esse filme tenho a sensação que algo esta mudando em algumas coisas e na forma de contar essas coisas, poderíamos estar assistindo a um documentário político ou ate mesmo o momento partidário obrigatório para o povo norte americano.

Três historias cheias de excessos verborrágicos, tão brilhantes quanto desnecessário. As três historias tem pontos de vista diferentes: o político e a televisão, o social e a rua, e o militar.

Na primeira Cruise interpreta um político arrogante do partido republicano entrevistado por uma jornalista que tem muitas duvidas sobre a existência de tropas americanas em determinados países. Tom muda o discurso de nascido em quatro de julho e aqui tenta convencer que é necessário enviar contingente militar pra a segurança do povo americano.

Na segunda Redford, interpreta um professor numa conversa com um aluno desmotivado; em um discurso que permeia o absurdo com contradições que também mostrar um ufanismo que em certos momentos sejam entendido somente pelos próprio snorte americanos.
Na terceira, soldados tentam sobreviver aos ataques dos talibãs, no que parece se tratar de ressaltar a amizade e novamente o patriotismo (essa parte do filme é totalmente desnecessária).

Talvez Redford tentasse fazer um filme minimalista, às vezes às simplificações ajudam a compreensão de um problema, mas neste caso para mim, ficou muito simplória. Boa intenção ate diria que inocente (falta algo no filme, garra ou coragem). Que apesar de tudo, passa uma mensagem de esperança baseando-se numa idéia muito norte americana e pouco real.

Talvez minha visão seja demasiadamente incendiaria, sem nenhuma esperança. Mas colocar problemas sem solução?

Melhor criticar de verdade ao ficar pela metade.


Quer um filme político? Assista todos do Michael Morre

Quer um filme americano ufanista? Assista Varsity Blues, esta recheado de gente linda


nota 5

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Shoot' Em Up - Mandando Balas




Shoot’ em up é mais que um filme violento.

Em algumas partes recordei de Visitor Q de Miike; algo esta mudando em nosso consciente coletivo e filmes como esse flertam sobre o caminho que estamos seguindo.

Desde o primeiro momento se nota que, o filme é altamente simbólico, como nossos sonhos: a violência desaforada, pega você pela beleza da perversão.

O filme alem de ser um entretenimento louco, oculta varias mensagens; que os homens como o protagonista que somente se sabe o nome, Smith, tem uma grande ira acumulada pelos fatos do passado e que vai revelando conforme assistimos a trama. Em 01h20min de balas e mais balas, fala sobre o poder da mulher nesse mundo e como o homem necessita em algum momento de sua vida necessita da ajuda da mulher. Por exemplo, o homem é uma cadeira, mas o que necessita uma cadeira pra funcionar como tal? Um suporte, e suporte as mulheres lhe da, agora a decisão de usar esse suporte é do homem, de como ele vai trabalhar com isso. Aqui, o suporte é uma prostituta que por $5.000, aceita a encomenda (cuidar de um bebe como se fosse seu), mas ela não faz pelo dinheiro e sim pela chamada ‘natureza humana’. Este casal vivera estranhas e incríveis aventuras, onde se vê como um homem poderoso com um revolver na mão pode cair com uma simples chamada da esposa no celular.

Sei que essas simples mensagens (a paternidade, a responsabilidade do homem pelos seus atos, a forma do homem render-se tão facilmente por uma mulher) não é fácil de notar, mas se prestamos a devida atenção o filme toma outro rumo (presta atenção no Smith no parque), outra cor e muda de simples balas a algo mais filosófico, mais complexo. Do meu ponto de vista, fala sobre o poder que a mulher exerce nos homens, a questão esta em que todo o poder da mulher não é aproveitado, já que se a mulher utilizasse todo esse potencial, o mundo que nós conhecemos seria bem diferente. Acredito ainda, que fala sobre o inconsciente (o homem) e o subconsciente (a mulher). O Sr. Smith e Donna, na Itália ‘Donna’ são as mulheres.

Para resumir, não é apenas um simples entretenimento, se assistimos de uma maneira plana. Se dermos a volta, o filme atravessa as balas, armas, tiros e perseguições tudo isso tomado como brincadeira e levado ao ridículo a enésima potencia, com personagens perfeitamente definidos e cenas chamativas, vocês assistiram a um diferente filme.


Nota 9

terça-feira, 6 de novembro de 2007

The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford - O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford


Inconsistência narrativa, pretensões descomunais e somente algumas partes satisfatórias, minimalismo frívolo e vão... Falarão do tédio, de intermitências.
Tudo isso pode ser perfeitamente válido e justificado. Não posso dizer que estão errados quem opinem tais coisas.

Mas eu fico com o bom: fico com as três horas que se devoram, com um detalhe na planificação das cenas que quase chega ao orgasmo para aqueles preocupados na composição dos planos, o tempo triste, as cenas pausadas, serena, áridas... Os rostos e a fotografia; o céu e o vestuário.

É um filme sobre Bob Ford e não Jesse James; conta o que passa na cabeça dos personagens (inveja, admiração, ânsia de gloria, humilhação... por parte de Ford. Desvarios por parte de James), não conta roubos ou assassinatos (isso Walter Hill já fez); não nos da uma versão maniqueísta da lenda (isso Fritz Lang já nos deu).

Narrar um western através de tempos mortos é, ademais de arriscado, uma mostra de valentia e compromisso, de convicção e confiança, sobretudo de confiança no espectador. Portanto trata o espectador de igual pra igual, que explica mais uma vez o que nossos olhares e gestos pediram que contassem mais uma vez, mas agora pelo lado de dentro, desde o instável psicológico de um dos personagens torturado e maltratado; desde as nuvens interpondo-se mediante sombras proféticas entre o sol e o trigo.

Sobra grande parte das peripécias ao restante do grupo? Nem prestei atenção... Com esse final, com esse James claudicando, vencido pela paranóia; esse James cansado de dormir sem dormir, agarrado ao revolver com gravetos secos no lugar dos dedos, olhando através de pálpebras sem cor. Com esse Ford marcado pra sempre pela covardia de um ato, de apenas um segundo (o pulso de Dominik na cena do assassinato é espetacular).

O mito de Jesse James é triste e frio; a covardia de Ford é quente e humana. Mas ambos protagonistas, com seus olhares, seus rostos sem maquiagem e seus gestos, expressam com dignidade o destino dos personagens. Um destino marcado a fogo.
Affleck corre o risco de levar o prêmio de coadjuvante.
A voz em desligado, aqui tem um perfeito equilíbrio entre a narração cinematográfica e a reconstrução quase documental, ambas as coisas se encaixam e hipnotizam.


Nota 9

Michael Clayton


É um filme às vezes intrigante e às vezes aborrecido, novo exercício de Clooney para reivindicar-se como bom ator, mas ainda não consegue evitar que seu rosto ocupe todo o cartaz do filme buscando vender o filme a um publico maior.
Aqui se cozinha um novo filme sobre a integridade e a responsabilidade de fazer o correto frente à corrupção no complexo mundo da advocacia e as empresas modernas. O diretor, Tony Gilroy, tem meu respeito pelos roteiros da trilogia Bourne, mas na realização aqui esta um tanto desequilibrado, falta costurar algumas intrigas, dar umas pinceladas de sabedoria como no chato O Bom Pastor (preciso terminar de ver esse filme).
Clooney trata de adaptar-se ao seu papel de pseudo fracassado (não é advogado, nem policial), mas tem a pose de um Don Juan e acredita em seus papéis. Trabalho duplo que Clooney salvou em diversas ocasiões.
Tem que afiar bem os ouvidos e geralmente todos os sentidos, porque Michael Clayton, sim exige do espectador concentração. Mas nada de queimar neurônios.


Nota 6

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Saw 4 - Jogos Mortais 4



A orgia gore que estava esperando não aconteceu, no seu lugar entrou um roteiro inesperado.

O filme, como disse Darren Lynn Bousman à imprensa na metade de sua realização, é mais psicológico e sangrento da saga e ainda que o roteiro é bastante paranóico e deixa bastantes buracos em branco que não sei se foi feito para o quinto filme ou porque esqueceram mesmo ou porque não tem sentido.

Tem cenas fora de tom e se você for sensivel te afetara, mas que nojentas, são incomodas de assistir, filme recomendado a fans, sádicos e viciados em gore.

Não decepciona e volta a ter um final surpresa, mas se prestar muita atenção consegue descobrir antes do desfecho.

SPOILERS

-Gostei que, quem fez as armadilhas em Saw 3, não foi Amanda e sim o detetive Hoffman,
mas se supõe que em Saw 3 essas provas eram as de Amanda, já que Jigsaw colocava em prova sua vontade de viver, mas em todo caso porque castigava Amanda, se o único erro dela foi matar a doutora? No flashback do terceiro filme mostra como Amanda brigava com Eric e logo se cortava e ela dizia, 'é verdade, sou uma assassina', então porque Eric sigue vivo no quarto filme e se superou a prova de Saw 2 porque fizeram outra prova com ele nesse?

-Tambem não existe explicação sobre Hoffman ser o ajudante de Jigsaw.

-Segundo o comic "Saw - Rebirth", Jill deixa Jigsaw, oque acaba provocando o câncer nele (algo que não tem muito sentido), somente aqui mostra que foi por causa da perda do filho que ele enlouquece e mata. Deveriam ter aprofundado nesse ponto ja que o mais importate para explicar o que induz ele a jogar com a vida dos outros e que faz pensar que isso é o correto.

-Sabemos agora que a autopsia é o final e não o começo, mas o que diz no final é diferente do começo, no final diz, 'sigo entre voces'.

-A fita que Rigg pega no final, de onde saiu? porque se reproduz sozinha? e diz claramente: 'voce não salvava, apenas dava a oportunidade de sobreviver, não percebeu?', mas ele salva a garoto da armadilha do cabelo e logo mata ela.

FIM DOS SPOILERS

Mas Saw é um filme para um publico inteligente, porque pede algo mais do espectador que a maior parte dos filmes, tanto no ponto analitico ou como desobrir a chave dos enigmas. Nunca fica nada muito explícito, ao contrário, pede que descubra os detalhes que esta nela.

Para entender Saw 4, tem que prestar atenção nos detalhes, agora tem sentido a publicidade "SEE WHAT I SEE", porque pedem pra ver muito mais alem das imagens, pense como o assassino.

Me surpreendeu pelo nível, como sou fanático do gore amo o terceiro, mas esse é melhor que o segundo e o terceiro e pior que o primeiro.

Que venha o V.

Nota 8


quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Ratatouille



Todos nos conhecemos alguem especial que na hora de contar piadas ou historias em geral, nos fazem sentir pequenos, quando tentamos reporoduzir seu exito de narrativa, damos conta que para isso falta uma capacidade nata que somente poucos possuem.

As vezes desperta em nos a inveja e começamos a odiar sem um motivo verdadeiro, mas quase sempre somos honesto e apreciamos, admiramos e aplaudimos.

Aqui esse é o caso, Pixar pegou a velha fórmula da Disney sobre historias em que a amizade , a lealdade e a superação é o centro da trama, mas explicando com uma grças, uma inteligencia e um bom gosto, como somente os agraciados pela natureza com esse dom é capaz.

Acabou o filme e fiquei indeciso e incapaz de opinar sobre ele, porque a excelente critica que é narrada no final, me deixou entre a fronteira da admiração e da inveja. Esse texto ou algo incrivelmente parecido é algo que um dia sonhei em escrever.

Esta encravado na historia dos personagens que são desenhados com tanta elegância, com tanta perfeição que é impossível não apreciar-los e sentir por eles uma afinidade extrema, com total razão.

A maravilhosa animação nos leva do sensível ao risível sem nenhum momento de trégua, emoldurada com uma trilha sonora prodigiosamente cálida e o sentimento que despertam os belos, cômicos e profundos momentos que estão por todo filme.

Recomendável tanto para crianças (pela excelente moral da história e por suas gags brilhantes) como para aqueles adultos que ainda guardam na memória os bons momentos, os bons ensinamentos que na infância a Disney transmitiu a todos, com tantos títulos a serem lembrados.

Pessoalmente, fiquei impactado e com tanta força como um crítico que provando algo tão novo mas ao mesmo tempo tão tradicional, houvesse sido surpreendido pelo despertar de velhas recordações, que ja tinha esquecido mas que de uma maneira faz parte da pessoa na qual se converteu.



nota 10

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

I Now Pronounce You Chuck and Larry - Eu os Declaro Marido e Larry




Confesso que fiquei com um pé atras, o que me fez decicidr ver o filme foi Alexander Payne.

Supera todas as cotas de mal gosto e vulgaridade, extremamente grosseira, mas ao mesmo tempo encantadora, não engana ninguem, faz rir, é original, entretem... que é o que se espera do filme.

Uma comedia com a receita de sempre, dois atores comediantes do momentos e velhas estrelas do genero fazendo papel secundario, somado com a belissima Biel. O filme tem boas intençoes com o tema delicado e exalta a liberdade, amizade e bons valores.

Pra passar o tempo.



Nota 6

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

28 Weeks Later - Exterminio 2

Infinitamente superior a primeira, muito mais caótica e asfixiante. Não da tempo pra recuperar o folego, graças as cenas de suspense que combina muito bem a musica, a violência, o silêncio, os barulhos repentinos e a escuridão para criar jma atmosfera apocaliptica e de desolação.O roteiro perfeito para um filme de zumbi, continua com a inteligencia da primeira parte criticando certas instituições que em uma situação real não atuariam de forma diferente ( os militares americanos). Tem cenas inesqueciveis, como a do helicoptero contra os infetados e tambem o final que causa um impacto visual impressionante.Os personagem estao bem retratados e interpretados adquirindo cada um seu proprio espaço na historia, não existem coadjuvantes e quando parece que teremos o esteriotipo de sempre , o roteiro nos surprende dando um giro de 360 graus ao personagem.É um exercicio perfeito do horror.Se Boyle optava por mostrar zumbis cheios de raiva sendo a escoria da sociedade, Fresnadillo nos mostra algo mais intimo, um drama familiar, dois filhos enfrentando um pai cheio de culpa e logo cheio de odio, uma mãe especial e a sobrevivencia de todos. Não existem herois, somente pessoas tentando sobreviver. Tambem não existem vilões, somente os infetados, um exercito tentando conseguir algo que não pode e o caos ao redor. A musica e a tensão estão excelente como no primeiro filme, mas ja que aqui temos a criança temos uma maior simpatia , as cenas do metro é espetacular.Um grande filme sobre o ser humano nas piores circunstancia, uma visão pessimista com um excelente final que podera ser utilizado pra gancho de uma continuação, mas acho que não é essa a intenção e sim mostrar que a situação nunca se acabara... que não existe solução possivel para o ser humano, ele mesmo se encarrega de autodestruir-se.


Pontos Fortes
- Ação ( não deixa o espectador respirar, diferente da primeira) - Fotografia (parecia impossivel renovar e dar uma nova visão de Londres deserta, provavelmente por isso Boyle quis um diretor estrangeiro) - Camera (movimentos exageradamente rapidos que podem causar um certo desconforto para algumas pessoas, mas não imagino essas cenas de ação quase epiléticas sendo rodadas num tripé) - OST ( o filme tem a principal musica do primeiro (In a heartbeat) mas não abusa da musica durante o filme, na verdade usa mais o silencio) -Roteiro ( muito inteligente, que comentarei nos spoilers)

SPOILERS não leia que estragara o seu filme
O roteiro é como comentei anteriormente é bem inteligente ( ja que em todos os filmes de horror, abusam do comportamento esupido e heroico); No começo do filme, Don, o pai da familia, tem que escolher entre salvar sua mulher (que insiste em coltar atras para pegar uma criança que esta escondida num armario, dando tempo pra entrar um dos infectados) ou a sua propria vida, Don fecha a porta abandonando a mulher a propria sorte e fuge. COMPLETAMENTE LOGICO E HUMANO, assim como a tentativa de justificar-se aos filhos.O fato que um personagem valente e heroico ( o militar Doyle) morra pela propria mãos dos companheiros.A cena dos militares atirando em todas pessoas na rua e o fato que a unica cura possivel esta entre eles.A maravilhos e inesquecivel cena do helicoptero destroçando os zumbis.O 'eu te amo' da mulher de Don ( provavelmente para que Don se aproximasse e la beijasse, sabendo que assim o infectaria, A VINGANÇA É UM PRATO QUE SE COME FRIO.A cena do metro de Londres, no escuro somente com a mira noturna do rifle como orientação. PERFEITA.


Resumo da Opera
O melhor filme de zumbis jamais feito.

Nota 9

Simpsons - o filme



Há anos disfruto das aventuras da familia Simpson e, em especial, as loucuras de Homer que, para mim, é o indiscutivel numero um da série.
Antes de tudo gostaria de lembrar que o filme, comparando com a série, conta uma uma animação mais detalhada e melor trabalhada. E, ainda que Matt Groening afirmou que sua intenção era que o publico esquecesse que estavam vendo um desenho animado, certo que, os Simpsons, continuaram sendo os Simpsons.

Dizem que os Simpsons é a tipica familia fracassada americana, digo que são desenhos animados que fazem rir seus espectadores e seus fans na 'america' são na maior parte o que retrata o desenho, morei na Florida, em Boca Raton, ali tudo é lindo, como em poucas cidades de la, mas na maior parte é aquilo sim.

Mas são esses personagens amarelos que nos levam a decadas fazendo gerações e gerações se divertirem, que nos fazem gargalhar e inclusive nos fazem emocionar. São esses personagens descarados, que destilam ironias em ocasioes e nos envolvem em pura inocência em outros, esses que tem um pedaço de cada um de nós e com ele construiram Springfield, oferecendo a alma, episodio apos episodio, ano apos ano e assim depois de muito tempo chegamos a formar parte desse lugar onde moram e como eles crescemos ali, vimos mudar, desenvolver, sofrer com os conflitos e nos divertir e nos deixam em um mundo completamente magico e que sentimos saudades.


Possivelmente se observamos e tentamos encontrar momentos e dialogos que inundaram a televisão, encontrara, ainda que corre o risco de topar com um filme que busca um equilibrio diferente e conformar-se com um outro espetaculo, que ainda com notavel garra necessaria, tambem optou por buscar um caminho pra Hollywood de sempre, não sou pra conquistar seu ja fans mas conquistar um outro bocado, da a cara a tapa em todos momentos e consegue conquistar o novo, glorificando esse apreço que fomos adquirindo ao passaar dos tempos e consegjuindo que os novos espectadores fiquem felizes nesse que poderia ser o episodio final desta maravilhosa familia, deste maravilhoso povo, desta maravilhosa cidade e que com um sorriso, achamos que somos um deles.

NOTA 10

TNNT - Tartarugas Ninjas


"Quatro tartarugas. Quatro irmãos. Genéticamente modificados reaparecem ns esgotos de NY. Com nomes de mestres do renascimento e treinados como ninjas, enfrentaram muitos inimigos antes de derrotar o "Destruidor". Mas agora um demônio maior destruiu essa irmandade. E esse demônio nasceu a 3000anos."
Assim começa esse novo filme baseado num classico dos 80' , "as tartarugas ninjas', icones não só nas HQs mas tambem na televisão, acompanhando durante anos a varias gerações, numa das quais, eu me encontro. Assim, assumo que esse filme do quarteto como uma deliciosa homenagem que Kevin Monroe tentou fazer a franquia, que morreu comercialmente faz um tempo, ja que nasceram novas séries com estilo manga, comics, jogos eletrônicos e todo tipo de merchandising.TMNT 2007 é um exemplo perfeito de como pegar um elemento desgastado e transforma-lo em um espetaculo grandioso. Uma historia simples escrita pelos criadores do comic, nos serve como fio condutor de um carrosel de nostalgia que toma conta da tela e do espectador. Com uma técnica 3D fantastica, relamente primorosamente bem cuidada ( preste atenção nos seres humanos, parecem "Os INcriveis" da Pixar, só que não tão bem feito). Os primeiros minutos nos prendem, mas depois o ritmo cai, Monroe se acomoda, se limita a filmar algo que ja tinhamos visto e assim perde o ritmo. Mas mesmo assim segue recomendavel para os fans do comic e os que queiram redescubrir um mito da sua infancia, agora sim um filme digno e sem as limitações que o live-action impõe.O filme deixa respirar esse ar nostalgico, com alguns momentos altamente sublime, Os primeiros quinze minutos e os ultimos dez são fantasticos, em certo momento do filme destaca sobre o resto. Sem duvida, um revival genial de uma franquia mitica . Claro que como filme de animação falta alguma coisa de força, já que não é uma obra-prima. Mas nem faz falta.
"Vivemos juntos, treinamos juntos, brigamos juntos. Defendemos o bem juntos, somos ninjas. Estamos juntos, nos protegemos e vencemos a noite. Nenhum tipo de monstro pode mudar isso , isso que importa. É isso que sempre seremos: irmãos."
nota 6

Live free or die hard - Duro de matar 4.0


Quanto mais exagero melhor. Essa é a formula geral que Hollywood segue na hora de rodar sequencias de seus exitosos filmes. "Die Hard" segue o mesmo caminho e pensamos, se haver um quinto filme tera que, a terra ser invadida por marcianos ou Lord Voldemort aparecer nos EUA, antes de morrer no setimo filme.Mas fazer uma continuação 10 anos depois da ultima sequencia era um risco e sem duvida estava convecido que estaria no nivel do primeiro filme. O 4 é puro espetaculo, duas horas de ação frenética que passam em um suspiro onde tem tensão, tem McClane e um vilão a altura e sequencias bestiais de ação.Wiseman, diretor que não me atrai simpatia, conseguiu um truque na manga para calar minha boca em algumas bobagens do filme.McClane esta em plena forma e é curioso que o vilão usa a tecnologia enquanto McClane segue com seu metodos rudimentares de sempre (pegar na porrada mesmo).Nos dois ultimos anos tivemos, Spiderman, Superman e Batman, mas no tio faltava seu D'artagnan, McClane é durão, super policia que faz surf encima de um f35 enquanto caem pedaços de um viaduto da cidade, as lojas de coletes anti-balas irão falir, porque para ele basta sua roupa. Se voce gosta de filmes de ação vai amar essa sequencia. Se quer algo mais busque no cinema algo que te convenha.Yipi Kie Yee Mother........


nota 7

Blades of Glory - Escorregando para a gloria


"Blades of Glory" é uma surpresa das mais refrescantes nas lamentaveis estreia que acostuma ter por essas temporadas. Will Ferrel se junta ao sempre otimo Jon Heder para repetir o esquema de "Zoolander" e "Mudgeball" com otimo resultados. O plot - um par de patinadores artisticos rivais que por azar do destino acaba aliando-se para competir na categoria de duplas como a primeira dupla de homens da historia- da lugar a momentos comigos, um atras do outro com um roteiro divertido e extremamente kitsch e uma fraca trama de amor.Pra quem aprecia esse tipo de humor, estilo SNL é garantia de otimas risadas e sorrisos durante todo o filme. Ri como a muito tempo, não fazia, normamelmente não gosto das atuações de Ferrel, mas aqui a frescura, arrogancia e diversão esta em todo gesto. As coreografias são otimas.Mensagens de sonhos para realizar, otimas interpretações, boas musicas e vestuarios e tudo pronto para rir durante uma hora e meia, não duvide, é a melhor comédia do ano.
O melhor: o final apoteotico e a canção que o acompanha.
nota 8

Eyes Wide Shut - De Olhos Bem Fechados


Desigual, avança a tropeços.
Em momentos se mostra sujestivo e misterioso, em outros vulgar e estridente. Tem uma enorme carga sexual, porem confusa. Como em toda obra de Kubrick, tem algo de intelectual e distante.
Sim, a primeira cena em que Kidman se desnuda é puro erotismo e mostra uma languides e feminalidade latente durante todo o filme, deixando pasmos ate quem prefere os homens. Mas ao mesmo tempo o sexo fica em segundo plano, assim como as relações matrimoniais, o filme se concentra no poder e por isso Kubrick fascina, o poder humano que foi obvio em outros filmes seus.
A diferença de "Eyes Wide Shut" de suas obras anteriores é que ele utiliza um casal pra levar ao centro de tudo: a orgia. São os minutos principais do filme, Cruise é uma pessoa de exito social e profissional e ainda assim nao se permite que ele entre ao circulo tão restringido. Porque?
Que queria dizer Kubrick?Não creio que seja tão dificil. Quem tinha as mascaras? O banqueiro, o principe, o ministro, o duque, o bispo, o general, o outro ministro, o milionario, o outro banqueiro, o juiz, o chefe de policia... etc. As pessoas que mandam e ordenam a vida de cada um de nos na maioria das vezes sem que percebamos, E apesar de ser um medico de exito, Cruise não é convidado ao cirrculo.
Uma prostituta é assassinada. E NÃO ACONTECE NADA! Não tem importancia. São intocaveis. Estão por cima das leis que eles mesmo decretam, A mensagem é clara: Onde acha que vive?, em uma democracia?, que pode decidir a ser livre?, JAMAIS!!, porque a gente que assassinou essa prostituta é que decide e dirige sua vida insignificante. Simples e brilhante. Filme sobre sexo? SIM, sobre o sexo dos anjos. Muitas pessoas não tem ideia do fundo politico desse filme. Vivemos o que eles querem que vivamos. Relaçoes sexual ou de casal, não passa de uma desculpa.
Falar da fidelidade do matrimonio?Por favor... chega de filminhos psicologicos bartatos. Aqui se fala de sair impune de um assassinato e de que muitos jamais podera entrar ali, porque não passa de um fantoche como eu, e seguramente Kubrick riu muito dessas afirmações porque com verteza ele sabia que esse seria seu ultimo filme.Mas mesmo assim o pior filme de sua carreira.
nota 2

Bug - Possuidos


O que aconteceu a esse filme por demorar tanto temp em festivais? Me pergunto, pq não lançavam comercialmenteem enhum pais? Seguramente os distribuidores nao entendia o espetaculo psicotico, esquizofrenico e louco de um jovem de 72 anos chamado William Friedkin dava forma.Friedkin, que por algum tempo levou as telas obras mediocres e agora nos da uma obra teatral muito parecia a 'Tideland" de Gillian. Só que a imaginação de Gilliam esta acima de Friedkin e Tracy Letts.
"Bug", não é um filme de terror e sim um filme sobre a loucura, ou não?. Um desses filmes que voce tentara explicar as seus amigos mas que nunca chegara ao que se apresenta na tela. Voce precisa ver "Bug", e vera nuvens, ondas, como os insetos do filme, de criticas negativa, de rostos surpreendidos de frente ao inesperado, o original e a loucura. Só por isso ja merece ser visto. Para os que davam Friedkin por acabado ele se reinventou.
Claro que muitos não vão apreciar porque não tera o espetaculo que queriam ver, mas "Bug" não é um trhiller tipico hollywoodiano, talvez o inicio seja um pouco aborrecido, ja que a ação acontece com calma, os personagens vão se apresentando ate que nos os conheçamos bem e o ambiente começa a ter uma tensão inquieta entre os diferentes protagonistas, uma angusta que desconcerta, um desasossego irritante que fazem eles se retorcerem e nos num espiral de duvidas e desconfiança. Depois de tudo isso começa o caminho a loucura, ao desvario, ao desespero dos personagens, que terminar nao sabendo como atuar, por estar metido numa realidade diferente a nossa e dão movimentos imprevisiveis que faz a tela vibrar, ainda mais com o talento de Ashley Judd e de Michael Shannon que são impressionantes.
Se tivesse uma balança entre defeitos e virtudes, seguramente "Bug" obteria mais virtude, desviado do interesse que marca uma proposta que em nenhum momento se permite o luxo de dar mais voltas que as necessarias e cujo final, vai pra uma linha ascedente que fecha os ultimos minutos mais louco e desequilibrado, para deixar o trabalho de Friedkin num filme para se lembrar por anos.
nota 9

Knocked Up - Ligeiramente Gravidos


Com voces a melhor comédia de 2007...


sim, pode soar ambicioso dizer isso, faltando 4 meses pro término desse, mas sem duvida, assim sera.Judd Apataw, conseguiu fazer 'o filme', bem dirigido e interpretado, com um dos melhores roteiros feitos nos ultimos tempos, que toca nos altos e baixos do giro de 360 graus que acontece na vida das pessoas em razão de uma noticia drástica como a gravidez.


A historia de Bem, um jovem que junto aos seus amigos tes estao fazendo um site XXX e da lindissima Alyson, a promessa do momento na televisão, de como se conhecem e chegam a transar na mesma noite, é uma autentica lição de boa vida.Ainda bem que Apatow, não cai no estilo "American Pie" e aproveita tudo que tem em suas mãos pra entregar-nos um filme bem feito, pensado em todos os detalhes, com diálogos afiadissimos e inteligente.


Não é uma comédia tipo "Ali G" ou "Zoolander"mas sim, com o mesmo humor ácido do ja cultuado "Pequena Miss Sunshine", o que da mais identidade a obra.Os personagens são fodas por causa das grandiosas interpretações de todos, absolutamente todo, o elenco. Começando por Seth Rogen, que em seu personagem inicialmente nos lembra o 'the dude' de "The Big Lebowsky" e seguida por Katherine Heigl, confirmando aqui que alem de ser lindissima é uma excelente atriz.Quisera Deus que existissem mais filmes assim, com bons personagens, bem interpretados, bom roteiro, com boas situações que no final da a sensação de realmente ter disfrutado dos 130 minutos, que sem olhar pro relogio, passara voando.


nota 8

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Planet Terror


Quando parecia que o cinema caminhava pra outras direções (não me canso de dizer isso), quando a frase 'nao de faz mais cinema como antigamente' estava mais clara que nunca, quando um filme mostra algo de original em cada 50 que estreia... o cine volta a demonstrar que estavamos equivocados.


Quando tudo parecia perdido, aparece uma faisca que ilumina o tunel, algo que nos faz ter esperança de continuar a ver os filmes. Mas não lembra nada a Fellini, Godard, Ford, mas quando começa o filme , nos damos conta que estamos vivendo uma experiência cinematografica diferente do resto do mundo. Isto é 'Planet Terror', beibér.


O roteiro é de uma simplidade igual uma chupeta? Sim

Mais da metade do que acontece durante o filme tem justificativa? Não

Os dialogos querem dizer algo? Tambem não.

Sereremos pessoas melhores depois que termina o filme? Não.

Tem violência gratuita? Sim, muita, 'gracias Rodriguez'.


Poderimos continuar formulando perguntas, nas quais Planet Terror, seria o pior filme da história. Muito criticos, possivelmente catalogara de insana, loucura, perda de tempo, por parte do diretor, mas isso é porque quiseram encontrar nela algo que não existe e com isso não vão se divertir.


Temos que admitir que é irônico, um projeto surgido como homenagem a um cine caduco seja a proposta mais inovadora e original do ano. O cine de Robert Rodriguez, ainda que a primeira vista pareça o contrario, é muito pessoal e sendo assim não tem meio termo, ame ou odeia. O arguemento de Planet Terror não é nada de outro mundo, é a historia de um grupo de pessoas que lutam contra um exercito de zumbis infectados por um virus. O que importa aqui não é o que conta a historia e sim como contar-la. Já que Rodriguez é um autentico mestre da narração, um cineasta que domina perfeitamente a linguagem e o tempo cinematografico. O filme é um frenesi delirante do principio ao fim, com alguns momentos surrealistas que provocarão multiplas gargalhadas e caras de nojo dos espectadores, entre todo o sangue, visceras, desmembramentos, disparos e explosões se esconde um sentido de humor deliciosamente macabro.


'Planet Terror', é o regresso da diversão puramente cinematografica. Temos vontade de assoviar, gritar e compartir a experiencia com amigos e cerveja.


O melhor: a falta de vergonha sem limites da proposta Grindhouse.


O pior: assistir os dois filmes separados.



nota 10

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Half Nelson


O exito de um filme pode ser: bilheteria, critica, carinho do publico, ...etc. Pessoalmente acredito que um filme tem exito se ele cumpre seu objetivo.


Nesse caso diria que Half Nelson é um fracasso. Aqui estamos frente a uma mistura de A sociedade dos poetas mortos e Mentes perigosas. A historia é a mesma de sempre, professor tenta ajudar os alunos de uma escola da periferia, so que aqui o professor é um viciado em crack.


O inicio é interessante, o problema é que pouco a pouco o interesseante vai se deslizando ate a mediocridade. Diversas tramas entram e saem, sem muito sentido, rascunhos de personagens sem definição, supostos conflitos familiares não explicados e muita, mas muita paciência.


Claro que o filme planta uma certa critica à sociedade estadunidense e sua burguesia. Na sala de aula, temos uma fervorosa defesa dos direitos civis atraves de metodos de esquerda como o materialismo historico e a dialética. Apesar de ser tendenciosa , talvez esses são os melhores momentos de Half Nelson.


Juntando a isso, temos a impecavel atuação de Ryan Gosling, que com sutileza interpreta um personagem aborrecido com a vida e agoniado com a desesperança vital, contrariando a luta que faz com seus alunos.


Se não tiver nada pra fazer, da pra assistir, acompanhado com cafe, coca-cola, cocaina, anfetaminas ou qualquer coisa que não te deixe dormir. Talvez seria mais oportuno algo mais concreto e com mais definição, tanto no estilo , quanto no argumento, ja que a sensação é qa que Ryan Fleck se ampara na estética indie pra justificar certas pobrezas do filme.


O melhor: Ryan Gosling

O pior: não consegue emocionar, somente aborrecer.



Nota 3


terça-feira, 25 de setembro de 2007

Shortbus


John Cameron Mitchell conseguiu mais uma vez, primeiro com sua exitosa e transcendental obra prima "Hedwig and the angry inch", para logo desenvolver uma obra muito mais madura, na qual poucos diretores atraveria a por as mãos.


Não é segredo pra ninguem que é um filme graficamente sexual, como poucos, conta a historia de um grupo de pessoas que logo apos o atentado de 11 de setembro se uniram pra compartilhar de um lugar pouco comum, o clube Shortbus, no qual o sexo tem o papel mais importante.


Com uma cena de abertura que apresenta como sera grafico, sexual e livre de preconceitos; mas pouco a pouco, vamos nos dando conta dos temores, prazeres e problemas de cada um dos personagens.


Sofia, uma terapeuta sexual interpretada magnificamente por Sook Yin Lee, que ironicamente não alcança o orgasmo. Um casal de gays, Jamie e James que querem uma relação aberta e Severin, uma dominatrix impossibilitada de ter uma relação sentimental que por isso anda pelo mundo com seus sonhos frustrados de artista buscando um rumo.


Todos se encontram no Shortbus, o clube noturno que esta repleto de todo tipo de sexo gay, hetero, fetiche e voyerismo. Ali a hostess do clube, Justin Bond, interpretando a si mesmo, introduz uma Sofia, fechada, introvertida a um mundo que como ele mesmo diz é como os anos 60, mas sem a mesma esperança; onde as possibilidades e prazeres são muitos, onde podera encontrar a pessoa aberta e apaixonada que esta presa dentro dela e consequentemente o orgasmo. Esse grupo se reune e se conhece, um a um, compartilhando experiencias e problemas num lugar onde o preconceito não existe e pode fazer o que tem vontade. O lugar, cheio de estranhos, refletira seus desejos em outras pessoas e conhecerão pessoas singulares que apresentarão mas que o proprio mundo.


As atuações estão perfeitas, principalmente a dominatrix enigmatica e desesperada que nos apresenta uma sociedade minoritaria que se reune nesse lugar pra se isolar dos padrões imspostos pela sociedade e claro para ter sexo.


Musica perfeita e nos momentos certos de artistas como Yo la tengo e The Ark, nos comove e nos leva agarrado a mão como se estivessemos presenciando um musical, com um final visceral e esperançoso, que representa a união dessa sociedade e nos convida a pensar.

Nos conseguiremos no final?

Eles conseguirão no final?

Teremos paz?


É mais que uma experiencia do cinema indie que mostra como uma sensivel, penetrante e competente direção cultiva o bom cine.


É um filme sobre o amor, a sexualiadade e o proprio ser humano.


nota 9

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Tropa de Elite


Cidade de Deus o caralho, meu nome é Tropa de Elite...

O BOPE é o tema central do filme, passeando pela vida de tres policiais, um deles ja dentro do BOPE, sem maquiagem, retratando a triste verdade carioca, o excelente diretor Jose Padilha nos entrega um dos melhores filmes nacionais, Onibus 174 foi seu primeiro e tambem excelente filme, que agora com Tropa de Elite so vem se firmar no seleto e pouquissimo frequentado grupo de grandes diretores brasileiros.

Braulio Mantovani, exerce cada dia mais sua genialidade no roteiro nos entregando mais um fascinante, cruel e verdadeiro espetaculo.

Polêmico, pelo tema e principalmente pelo vazamento do filme na net, mas que seguramente não afetara seu rendimento no cinema, ja que a versão vazada é uma workprint, eu como muitos outros, assistiremos novamente no cine pra prestigiar os belissimos Caio Junqueira, Fernanda Freitas, Fernanda Machado e a grande revelação André Ramiro, não esquecendo do sempre barbaro Wagner Moura (pelo menos quando não faz novela, uma duvida que assola minha mente, porque diabos a Globo coloca ele como galã?).

O filme não denigre a imagem da policia, conforme dizem, aquilo é a policia e todos sabemos disso, mas o melhor de tudo esta na lavada que da na classe media e alta, que sim, fazem pose e aqui não tem como se esquivar.

Cameras frenéticas, deliciosa trilha sonora e fotografia dark ( a versão final deve ser melhorada nos quesitos de sons e tratamento de imagem, algumas coisas mudarão na narração de Ramos e tera 5 min mais.

Esperando desesperadamente a estreia no cine.

nota 8

Eastern Promises


Eastern Promises, conta a historia de Anna Ivanova, que tem que ajudar uma garota gravida chamada Tatiana que chega ao hospital em estado critico. O bebe sobrevive, mas ela nao e atraves do seu diário, Anna começa uma investigação que a leca ao seio da uma familia mafiosa russa, onde conhece Kirill, o filho do pai e Nicolai, o misterioso chefe da familia... ou talvez algo mais.

Os atores foram escolhidos a dedo. Naomi Watts é a protagonista, que , as vezes parece que continua vendo o video de "O chamado", mas tem a força necessaria para protagonizar uma historia bem mais dura.

Vincent Cassel, tranborda no papel, sobretudo nas cenas que esta bebado e na brilhante cena final.

Viggo Mortensen... em uma palavra, INCRIVEL. Desde o primeiro momento que ele aparece com sua gabardina e o oculos de sol, ele transmite misterio e vai crescendo e tendo força ate a cena do climax.

O filme é muito mais violento que o anterior de Cronemberg, "Marcas da violencia", princiaplemnte em algumas cenas com crueldade extrema e muito sangue.

É lento, algo que sempre esta latente nos filmes de Cronemberg, mas ]aqui nãp sente muito, talvez devida a sua curta duração.

Os degolamentos e Vigo Mortensen nu´, são inesqueciveis.


nota 9


Transylvania


O ultimo capricho do esteriotipado e etnico diretor Tony Gatlif.

Visualmente é linda, mas cinematograficamente uma bosta. Alguem precisa dizer ao diretor que faz falta contar uma historia para que um filme assim seja chamado.
A musica balcânica é perfeita, mas um videoclip de mais de duas horas, cansa...

sem duvida o melhor do filme é o parto no porta mala com Asia Argento gritando.


nota 5

domingo, 23 de setembro de 2007

Mr Brooks


Interessantissima visão desde o ponto de vista do homicida;
Sempre os filmes de serial killers nos apresenta a perspectiva do investigador, tratando de confundir o espectador com diferentes suspeitos e possibilidades nas que podem descobrir o real assassino. Mas aqui a surpresa é ver o alter ego do assassino... suas motivações, suas reações, sua ambiguidade..., sua luta interior.
Super divertida, Demi Moore (cada vez mais linda) diferente de tudo que ja fez e Kevin Costner... que parece que deixou de fazer filmes bobos e agopra esta se dedicando co bom cine. Sua vida é fazer um filme bom e outro ruim, sempre nesse giro constante.
A trama esta otima, com reviravoltas em todos momentos, uma trilha sonora que chamaa a atenção e um elenco de boa qualidade.
Aqui ninguem esta melhor que o outrol, tanto Moore, Costner ou Hurt estão totalmente a altura.
O diretor depois do bobo "Kuffs", faz o seu segundo filme, um bom filme. Conseguindo uma boa ambientação e um bom jogo de luzes e sombras,
O melhor do filme?
Os personagens, dotado de muita personalidade.O argumento.A trlha sonora.
O pior?
Para alguns não sera muito original, memso que é dificil onde o assassino seja um viciado.E que venha o que resta da trilogia.

nota 7

Severance


Um novo filme de terrir chega desde a Inglaterra. Tirando sarro de filmes como Sexta Feira 13 e similares, nos entrega algumas pessoas acossadas por serial killers em um lugar perdido no cu do mundo. Sem giros no argumento (o qual esta na moda) devemos agradecer, nem nos ameaça com segunda parte, no qual tudo é um detalhe. Os personagens são estereotipados como é habitual nesse tipo de filmes: no qual o valentao sempre é o mais covarde, a garota linda , o drogado descontrolado sem o sentido do ridiculo, o chefe da turma, o atrapalhado, a feminista que parece ter odio de todos os homens da terra, o timido cara bacana que nesse caso tambem é negro (sempre tem que ter um negro)...
As interpretações são corretas, os efeitos estao bons e o argumento é linear e de uma simplicidade extrema, com inumeras gags, algumas das quais são extremamente divertidas, alem de estar no lugar certo e no momento certo.
Mas não é um filme que vai fazer historia, mas no minimo é um bom entretenimento, é brilhante ainda mais com seu orçamento baixo evidente e deixa a sensação que os britanicos estao dando um tapa na cara dos americanos , que são incapazes de fazer uma parodia sem recorrer ao humor chulo do caca/cu/peido/mijo.Se voce não for fã dos toscos filmes do Leslie Nielsen voce vai se divertir.
nota 6

Hairspray


Este delicioso e louco musical é a luz que marca o final desse longo e escuro tunel que esta sendo o ano de 2007, pra sermos sincero não esta sendo um ano muito lucido em qualidade cinematografica.
Hairspray não joga por terra nenhuma das expectativa criada pelos trailer promocionais. Um musical é um genero dificil, ja que esta preso pelo talento de seus interpretes e nao pelos efeitos especiais e isso Hairspray cumpre 100% e sem exagerar nas coreografias, ja que o filme destila uma simplicidade que deixa descoberto o talento de todos e de cada um ator do filme.
Se tem algo a destacar nesse novo musical, é o retorno de Michelle Pfeiffer e junto a ela, John Travolta e Cristopher Walken, numa notavel atuação de marido e 'mulher'. Mas o principal é o argumento e principalmente as sequencias onde o segregamento racial se manifesta. Realmente encantadora e otimista, não so por mostrar um esquecido Travolta em um magnifico papel que no passado foi da otima e ultrajante Divine, mas sim por ser uma produção deliciosa, com grandes numeros musicais sem exagerar nas luzes e sons que nos deixam tonto mas que nos diverte.
O filme cumpre o que reza, entreter e alegrar. Entretem porque dura somente o necessario e nos alegra porque Tracy Tumbland é levada a tela milhares de vezes. Uma garota que luta pelo sonho, uma garota real. A direção de Adam Shankamn é digna de aplausos. O cuidado estético é nota 10, assim como as coreografias, a ultima canção é brilhante, os dialogos estao bons e tem a 'moral': lute por seus sonhos

"Não se pode parar o ritmo"

nota8

Death Proof


Tarantino busca , absorve, copia, imita, mistura, recicla, sacode, engole e finalmente nos da a materia prima que mantem intacto seu estilo. Algum cineasta teve exito em copiar o estilo tarantinesco? Copiar o copiado com talento?Agora com Grindhouse tem o espaço adequado, uma clara homenagem aos filmes sessentistas e setentistas que se projetavam nos cines especializados em 'exploitation' e 'double feature', onde um filme mal feito, normalmente com os rolos danificados, era projetada com um futuro incerto.
Tarantino, imita, destroi e reconstroi sem renunciar o proprio estilo."Death Proof", é uma revisão contaminada dos slashers fantando o respeito e destruindo-os: psicopata sem mascara que utiliza outro meio pra assassinar brutalmente a jovens moçoilas, que imita diretamente a Russ Meyer em "Faster, Pussycat! Kill! Kill!" e referencias proprias (Pulp Fiction), reconstruindo o genero em duas partes. Tarantino é esperto e deseja que conheçamos os personagems pra adotar uma entidade dramatica. Que importe a nos o que eles façam, o que sentem e o que acontece; pra isso usara sua arma principal e mais afiada: os dialogos. Com uma sequencia exemplar de uma conversação num restaurante e utilizando alguns truques de Willian Castle, os 'missing reels', que proporciona vazios com elipses atemporais e e suas imagens tremidas em momentos chaves do filme, Tarantino nos mostra novamente que é um cinefilo de videoclubes e sua incrivel capacidade de fazer uma requentado de arte que poucos podem alcançar.

Porque disso se trata, render homenagem a generos tao unicos e tao menosprezados.Se nota que ele esta se divertindo, disfrutando com uma criança pequena quando ganha um pirulito e tenta passar essa sensação ao telespectador. Como é habitual no cine de Tarantino, ele nos oferece personagens magnificos, polidos ate o minino detalhe. Stuntman Mike (interpretado por um Kurt Russel perfeito) é maravilhoso, apesar de ser um psicopata perverso, é um personagem que vamos recordar por muito tempo. Os atores, todos e cada um deles, estão excelentes. Russel realiza possivelmente a melhor performance da carreira. Rosario Dawson, Vanesa Ferlito, Zoe Bell, Sydney Tamiia Poitier realizam um trabalho fantastico.
Tecnicamente é bem criativa. Tarantino realiza um grande trabalho atras das cameras ( nas cenas espetaculares de perseguição e dos choques, sem esquecer a magistral sequencia do cafe), uma otima montagem de Sally Menke e uma boa fotografia, especialmente na primeira parte do filme, destacando a excelente escolha da trilha sonora e um delicioso roteiro. "Death Proof" consegue ser entretenimente de primeira 'catiguria', sem esquecer a homenagem ao cinema que fez Tarantino amar o cinema.
nota 10

1408


Otimo filme, para os fans do genero de horror, para os fans de Cusack, que segura o filme todo trancando num quarto 'mal assombrado' de um hotel.King se reescreve. 1408 é um dos melhores filme de terror vindo dos EUA nos ultimos tempos, ainda mais que não seja comum que as historias de King sejam adaptadas tão bem para o cine, que é o que ocorre nesse filme. O diretor consegue criar e desenvolver no filme um clima de suspense que vai desenvolvendo os espectador sem recorrer ao susto tipico conseguido com a surpresa e a musica estrondosa, que sim, existem, mas não são muitos e os que tem exatamente 3 é pra recorrer a fraldas geriatricas, um se sente como se fosse beijado na nuca, não é sustos faceis, mas arrepios, calafrios do mais profundos.
O melhor é que esse filme nos convence que existe vida no cine de terror. Só tem que dar o tom, adequado, fugindo de sensacionalismo e truculencias sem sentido. Não que a historia seja um trqatado de originalidade, mas pelo menos tem rigor e sobretudo vontade de deixar o espectador incomodado sem sustos baratos. O filme se trata de um estado permanente de angustia, de mal estar continuo e de uma inquietante claustrofobia, lembrando muito a "O Iluminado". É evidente que tem seus defeitos como por exemplo a utilização desnecessaria de nomes hollywoodianos nos papeis secundarios, isso faz que esperemos mais de Samuel L. Jacson, não por sua preguiçosa atuação mas sim pelo escasso papel.
Talvez o broxante seja seu precipitado e bobo final, mas provem de um conto de King e depois de tudo, de tantas bobagens saindo no cine de horror, temos que dar um desconto e simplesmente disfrutar desse decente filme, porque vai demorar aparecer outro com qualidade similar.
nota 7

Fido

Assisti a esse filme sem saber muita coisa sobre ele..., bom, sabia que se tratava de um filme de zumbis e a sua intenção era divertir... nossa, cumpriu o prometido! Os primeiros dez minutos, o senhor Andrew Currie nos entrega um prologo deliciososo sem desperdiçar nada, onde uma peculiar apresentação cheia de humor nos da uma historia no minimo curiosa. Nela o canadense se move como peixe dentro d'agua, oferecendo personagens dos mais singulares( como o vizinho dos protagonistas, Sr. Theopolis e sua amiguinha zumbi, Sra Henderson e suas loucuras e a grande alma do filme, o simpatico Fido), com situações delirantes e um afiadissimo e excelente humor negro, que cai muito bem no seu trabalho, sendo esse completado por uma cenografia bastante curiosa onde o realizador desenrola a trama sem aputos, porque aproceita muito bem cada espaço que possui.

Este filme de humor conta com um elenco muito bom, no qual se destaca Dylan Baker, dando vida a um pai de familia desconfiado e Carrie Anne-Moss, que nos presentea cocom uma grande personagem cheia de simpatia, Fido fica como uma experiencia grata ao espectador mais exigente em meio a pobre cinema atual no qual nos encontramos. Mas depois de tudo o mencionado, cabe dizer que nada seria absolutamente igual sem a alma do filme, Fido, interpretado com um grande Billy Connolly, esse zumbi de sorriso bobo e expressão serena, que oferece grandes momentos a seu companheiro, Timmy, e tambem nos fazem ter deliciosas gargalhadas inesperadas, seja por suas reações diferentes ou pelo modo que enfrenta alguma das diversas situações nas quais este simpatico zumbi introduzira os seus donos.

Tambem nao posso esquecer a grande ironia que envolve o filme em seus primeitos instantes, apresentando a população onde reside os protagonistas como um lugar onde o zumbi mas louco possui mais sentimentos que os individuos que perambulam pela peculiar vizinhança, dando um contraponto de acidez nos estereotipados modelos de conduta que esta enraizado em nossa cada vez mais arruinada sociedade.

"Shawn of the Dead" abriu caminho para comedias carregadas de carne fresca,com um humor totalmente ingles. Fido, continua com a mesma linha, mudando a tipo de humor, neste caso centrado mais na critica social e humor negro. Uma comedia que ninguem deve perder.
nota 8