segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Shoot' Em Up - Mandando Balas




Shoot’ em up é mais que um filme violento.

Em algumas partes recordei de Visitor Q de Miike; algo esta mudando em nosso consciente coletivo e filmes como esse flertam sobre o caminho que estamos seguindo.

Desde o primeiro momento se nota que, o filme é altamente simbólico, como nossos sonhos: a violência desaforada, pega você pela beleza da perversão.

O filme alem de ser um entretenimento louco, oculta varias mensagens; que os homens como o protagonista que somente se sabe o nome, Smith, tem uma grande ira acumulada pelos fatos do passado e que vai revelando conforme assistimos a trama. Em 01h20min de balas e mais balas, fala sobre o poder da mulher nesse mundo e como o homem necessita em algum momento de sua vida necessita da ajuda da mulher. Por exemplo, o homem é uma cadeira, mas o que necessita uma cadeira pra funcionar como tal? Um suporte, e suporte as mulheres lhe da, agora a decisão de usar esse suporte é do homem, de como ele vai trabalhar com isso. Aqui, o suporte é uma prostituta que por $5.000, aceita a encomenda (cuidar de um bebe como se fosse seu), mas ela não faz pelo dinheiro e sim pela chamada ‘natureza humana’. Este casal vivera estranhas e incríveis aventuras, onde se vê como um homem poderoso com um revolver na mão pode cair com uma simples chamada da esposa no celular.

Sei que essas simples mensagens (a paternidade, a responsabilidade do homem pelos seus atos, a forma do homem render-se tão facilmente por uma mulher) não é fácil de notar, mas se prestamos a devida atenção o filme toma outro rumo (presta atenção no Smith no parque), outra cor e muda de simples balas a algo mais filosófico, mais complexo. Do meu ponto de vista, fala sobre o poder que a mulher exerce nos homens, a questão esta em que todo o poder da mulher não é aproveitado, já que se a mulher utilizasse todo esse potencial, o mundo que nós conhecemos seria bem diferente. Acredito ainda, que fala sobre o inconsciente (o homem) e o subconsciente (a mulher). O Sr. Smith e Donna, na Itália ‘Donna’ são as mulheres.

Para resumir, não é apenas um simples entretenimento, se assistimos de uma maneira plana. Se dermos a volta, o filme atravessa as balas, armas, tiros e perseguições tudo isso tomado como brincadeira e levado ao ridículo a enésima potencia, com personagens perfeitamente definidos e cenas chamativas, vocês assistiram a um diferente filme.


Nota 9

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