sábado, 8 de março de 2008

Paris, Texas


Absorvente obra prima de Wenders, com uma perfeita narração ao contar essa maravilhosa e fascinante historia. Desde o primeiro momento Wenders consegue fascinar o espectador mostrando um vagabundo com aspecto de louco caminhando sem rumo fixo em pleno deserto, acompanhando a imagem , a hipnótica e inesquecível musica de Ry Cooder.

Os personagens recitam seus diálogos com serenidade, acompanhando o tom melancólico da arrebatadora historia, onde um homem renuncia a sua família para preservar a felicidade e estabilidade deles.

Paris, Texas é uma obra prima graças a quinze minutos inesquecíveis, até a metade estamos diante de um filme normal, grande fotografia e excelente trilha sonora. Mas, no momento que Travis começa a viagem com o filho para encontrar sua mãe, o filme adquire um clima indescritível. Sabemos que a explicação a tudo que sucedeu anteriormente se aproxima, mas somos incapazes de imaginar a causa do comportamento de Travis e a resposta a tudo isso Wenders nos entrega em bandeja de prata num plano seqüência que demora sair de nossa cabeça.

Quinze minutos no peep-show rodados com esse plano seqüência e com uma câmera em off para os primeiros planos de Jane. Essa cena nos ensina as conseqüências do amor, um amor de verdade porem impossível ao mesmo tempo, um amor cuja única solução
é o abandono da mulher e filho.

Por favor, não percam esse filme.

Ao principio talvez não entusiasme, alguns cairão na tentação de parar de ver-la. Mas quando ver, terá vontade de ver-la de novo. Depois ficara um tempo estremecido pelo filme, mas sobre tudo por esses quinze minutos que já forma parte da historia do cinema e que faz de um filme normal um grande filme

Nota 9

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