sábado, 11 de abril de 2009

Feast 2 - Sloopy seconds


Quando temos um produto tão original e divertido como ‘Feast’, o que menos desejamos é a ameaça de materializar-se uma seqüência. O pior é quando isso se torna realidade e feita pelo mesmo diretor, se realizar seqüências desnecessárias é um exercício de desvirtuação, quando feita pelo mesmo diretor não converte somente em um ato fútil como num exercício de sadomasoquismo.

Felizmente o tal John Gulager parece ser consciente disso e longe de oferecer mais do mesmo, decide que a melhor maneira de realizar uma seqüência é rompendo os códigos da primeira parte e oferecer um espetáculo diferente de sua antecessora. Justamente isso é o que acontece em ‘Feast’, um exercício onde ainda que a situação e os inimigos são velhos conhecidos dos espectadores, o que prima é o radical, o cruel sem rodeios, sem esquecer do humor negro pesado.

Porque nessa seqüência no fundo não trata sobre a luta do ser humano contra uma ameaça implacável, o que mostra é que o maior perigo de todo é o próprio ser humano, assim, ainda que a presença das criaturas seja constante, não passa de um plano de fundo, um mero recurso argumental para mostrar que em situações limites o ser humano não se une, as diferenças floreiam, ninguém se converte no bondoso, mas sim, escancara suas misérias, convertendo no predador mais implacável de sua própria espécie.

Ainda que o estilo visual segue sendo o mesmo, o que mostra na tela é esticado ate o limite de todas as questões relativas do gênero, o sangue, as vísceras, o horror e o humor extremamente negro, cuja única função é deixar o espectador num mar de lama que é plasmado ao ver que não existem heróis, tampouco anti-heróis, mas sim uma luta entre semelhantes para ver quem é mais miserável.

Por tudo isso ‘Feast II’ é uma pequena jóia, não só por ser uma seqüência superior em todos aspectos ao original, mas por mostrar-se livre, desimpedida. Quase uma mensagem dizendo que os humanos estão presos pela sua própria maldade que no fundo o único que fazem as criaturas do filme é redimir da única forma possível, com a morte

Nota 8,6

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