sexta-feira, 10 de abril de 2009

Banquete do Inferno (Feast)



Uma noite entediante num bar de rodovia onde personagens patéticos deixam escapar pouco a pouco suas lamentáveis vidas é interrompida por um cara ensangüentado e armado que avisa que todos ali serão atacados por monstros sanguinários.

Um argumento tão simples como pouco original, um excelente roteiro com pitadas inovadoras, nos presenteia com uma obra absolutamente entretida, repleta de humor negro que não deixara indiferente os fãs com as cenas de gore, nem os amantes dos personagens absurdos que se envolvem em situações absurdas.

Em Feast não temos momentos entediantes, partindo de uma base que os personagens são apresentados com a tela congelada indicando o que cada um faz inclusive suas estimativas de vida, Gulager nos oferece um espetáculo de vísceras e sangue sem chegar a 15 minutos de filme, a partir daí graças aos monstros que atacam rapidamente e só querem liquidar ou desmembrar tão distintos personagens, se forma uma tensão ambiental que se mantém suficientemente bem em determinados pontos e nos leva de um lado a outro observando as peripécias dos protagonistas, suas tentativas de fuga ou de medo dos monstros e ainda conta com um grande ritmo quem em nenhum momento chega a diminuir as expectativas e não se torna repetitivo.

Tem que agradecer também que tendo base nessas características, dos personagens presos num lugar onde dificilmente podem escapar, Gulager sabe desenvolver sem recorrer a nenhum dos tipos do cine de horror atual e todos atuam com um mínimo de lógica ou sendo conseqüentes, apesar que alguns alguns são esmagados pela conseqüência.

Entre seus protagonistas tem de tudo, o herói que chega ao local advertindo o perigo, o típico personagem louco, uma mulher idosa aparentando calma, o drogado, o pobretão, os que tentam dar ênfase mais serias em suas idéias de salvação, a gostosa e uma variedade atípica que da muita vida ao filme.

Não falta humor, que fará Feast um acontecimento tão sanguinolento, divertido, frenético, tenaz e absorvente para qualquer que saiba apreciar as qualidades de umas das melhores propostas do horror ultimamente e evidentemente deixe atrás algumas limitações técnicas.

Demolidor e genial.

Nota 7,4

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