quinta-feira, 3 de julho de 2008

Wall-E




O filme vai mais além de uma homenagem ao cinema de ficção cientifica.

Poucos são os filmes que me faz sentir certa nostalgia. E mais poucos, são aqueles que tomam de assalto meu coração e ficam gravados para sempre. Mas Wall-e, não só conseguiu satisfatoriamente esses fatores, como despertou dentro de mim algo que estava oculto no mais obscuro do meu ser. Despertou em mim a capacidade de assombrar-me com algo, que achava que tinha perdido há muito tempo. Tocou-me no mais profundo. Me fez sentir pleno e feliz (sensação efêmera, que o tempo tornara eterna). Derramei algumas lágrimas, mas também sorri mas de uma vez . Senti a excitação da maravilha de estar diante dessa complexa arte que denominamos cinema.

Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras.

Poderia passar décadas escrevendo e ainda sim, não plasmaria o que vi, o que senti e no que me converti.

Fantástica fabula que quase não possui diálogos, mas quem necessita deles, quando nos apaixonamos pelos fatos. Uma história que tem ama fusão perfeita com essa sublime animação e essa apoteótica musica.

Wall-e é um robô, e ainda sim aprendeu a ter uma personalidade. Isso e muito mais, aprendeu mais que muitos de nós aprendemos em toda uma vida.

Apaixonou-se por algo (ou alguém) que nunca pensou acontecer. Sentiu-se só, num planeta que cada vez mais deterioramos (e parece que não nos importamos). Aprendeu alguns conceitos que somente de lembrar-me, arrepia minha pele.

Perseverança.
Luta.
Sonhar.
Amar.
E dançar ao ritmo de “Put on your Sunday clothes” de “Hello, Dolly!”.

Para a posterioridade, ficarão as belas cenas onde vemos o protagonista de tão comovente aventura, dançar ao som de tão inesquecível musica.

Com belo trabalho de Thoman Newman na trilha. Impressionante animação, que esbanja perfeição por todos os ângulos. História de sonhos, frustrações e de lutas, porém, sobretudo de esperança. Mensagem que rasga a alma e final que ultrapassa toda a beleza que nos rodeia.

Um filme que nos faz buscar a estrela que pretendemos encontrar para nos converter (ou tentar) sermos melhores pessoas.

Nota 11

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