segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Na Natureza Selvagem (Into The Wild)


Poucas vezes um filme ultrapassa a tela pra converter-se em toda uma experiência extra sensorial. Que te faz reflexionar sobre o que a visto e sentido na vida. É como se houvesse sido eu mesmo o que realizou semelhante aventura. Sean Penn parece ter aprendido muito com Terrence Malick com o qual trabalhou em “Alem da Linha Vermelha” e converte a natureza em um dos protagonistas que modificam a vida dos personagens. Mas preste atenção, a montagem contemplativa das impressionantes paisagens esta totalmente justificado na historia que é contada. Não é somente um pretexto.



Christopher McCandless, busca um lugar no mundo que faça sentir a verdadeira vida e em seu caminho encontrara todo um universo outsider do sonho americano. Os personagens tem muitos pontos em comum e a natureza joga em ambas um papel transcendental. No decorrer do filme escutamos uma perfeita trilha sonora que conta as andanças de Christopher McCandless feita por Eddie Vedder.

A genialidade do filme esta em não só criticar o sistema de valores em que vivemos, mas também mostrar o reverso da moeda, mostrando o mal que provoca nos entes queridos. O genial Hal Holbrook diz ao protagonistas algo assim que os seres humanos quando perdoam amam e se não amam não são seres humanos. Impressionantes coadjuvantes que acompanham o excelente Emile Hirsch, que consegue transmitir muito, muito sem cair no histrionismo.

Uma lástima que o Oscar a deixou bastante de lado. Aos que forem assistir esse filme preparem-se porque algo em você vai mudar. Mas deve ser vista, escutada e se realmente a vê e escuta, poderá sentir que mais alem de duas horas de filme a história é acolhedora, humanista e uma ode ao bucólico, a vida, ao amor e a Deus.
Nota 10

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