quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Milk - A Voz da Igualdade (Milk)


Gus Vant Sant deixa claro ao principio do filme quem é o que aconteceu a Harvey Milk, todos que buscou informação de alguma ou outra forma sobre quem foi H. Milk sabe sobre seu final, assim que não é surpresa as cenas que o diretor apresenta no inicio.

“Milk” conta a historia do primeiro político abertamente homossexual que conseguiu obter um cargo publico nos EUA, e com essa premissa Van Sant constrói uma das melhores biopics dos últimos anos.

A direção de Van Sant é genial e um dos grandes acertos é conseguir combinar os fatos interpretados pelo elenco incluindo toques com estilo documental (imagens próprias dos anos 70) e o melhor é que funciona e de excelente forma.

Mas o ponto forte desse filme é Sean Penn, com umas das melhores atuações do ano, sua caracterização é surpreendente, os gestos e a forma de falar que ele adota mostram uma grande dedicação da parte do ator para construir um papel extremamente complicado.

Mas o que mais surpreende é que há cinco anos atrás se alguém houvesse dito que Sean Penn seria capaz de criar um personagem totalmente ameno, ninguém poderia crer, não porque não o considere um ator de qualidade (talvez um dos melhores de sua geração), mas sim, comparando com seus outros papeis e por suas aparições publicas parecia difícil de conseguir, mas fez e perfeitamente.

O elenco todo esta excelente, começando por Josh Brolin no papel de Dan White (o assassino de Milk) sua caracterização é espetacular igual que sua interpretação, igualmente James Franco em seu primeiro papel bem interpretado (junto à “Pinneapple Express”) e uma menção a Emile Hirsch, Luna esta correto, mas é o menor de todo elenco.

O roteiro esta bem elaborado, igual que seus aspectos técnicos desde uma trilha sonora original a cargo de Danny Elfman assim com a excelente montagem e fotografia.

A forte critica que realiza Van Sant à homofobia e a dupla moral norte americana é excelente, apresentando os opositores de Milk, criadores da emenda numero seis com material extraído de filmotecas, apresentando os verdadeiros personagens sem necessidades de ser interpretado por atores.

Milk foi um herói para a comunidade homossexual por defender seus direitos e de alguma maneira tratou de abriu portas, portas que décadas depois seguem fechadas não só para os homossexuais e não só na política e sim para muitas pessoas em diversos aspectos da vida atual, mas no final Milk não só representa as lutas pelos direitos a romper barreiras representar a luta de cada um, seja qual sua condição social, etnia, etc., por uma vida melhor.

Em certas partes do filme podemos ver uma pessoa mencionando que não apóia a emenda porque quer que seus filhos entendam que temos que respeitar que com as diferenças no final todos somos iguais, sem racismo, homofobia e discriminação, talvez por isso que Milk não seja um filme para todos, mas sim para um publico com uma mente aberta porque algumas dessas pequenas verdades continua vigentes e espero que um dia tudo mude.

Milk é um dos melhores filmes do ano e o único que Van Sant combina seus toques de cine indie com a estética e narrativa de seus filmes para maiores audiências.


Nota 10

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