quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Ressaca de Amor (Forgetting Sarah Marshall)


Que a comédia americana esta completamente esgotada é algo que todos sabem, há muito tempo, embora a sua produção não para por isso. No entanto, a contínua repetição de clichês e estereótipos tem levado os espectadores ao limite da saturação. Por isso, muitos espectadores e críticos estão começando a decantar para outras produções longe do ‘mainstream’. Um deles é Judd Apatow, cujo estilo, na realidade não podia ser considerado estritamente como inovador, já que circula praticamente nos mesmo caminhos.

No entanto, seu estilo, longe do glamour das grandes superproduções, com certo toque de realismo e a ausência de grandes estrelas torna tudo mais próximo ao espectador. O fato de manter praticamente a mesma equipe, tem favorecido a transmissão de boas vibes em seus filmes. Nessa ocasião Apatow se conforma em ficar na produção deixando Nicholas Stoller na direção e Jason Segel no roteiro e interpretação.

O filme mostra de uma forma plana o fim de um namoro entre uma estrela de televisão (Kristen Bell) e Peter (Segel), que para superar a ruptura escolhe (sem saber) ir ao mesmo lugar que sua antiga namorada (que agora esta com um novo namorado): Havaí. Tudo se torna um longo catalogo de reuniões, mais ou menos fortuitas, justamente com a pessoa que não quer ver, dando origem a varias situações ao decorrer do filme, especialmente para ele. Na verdade, a situação que Apatow nos apresenta não é nada nova, mas o roteiro nos leva a identificar em maior ou menor grau com Peter, enquanto o publico feminino, fazem o mesmo com o caráter de Sarah, concentrando-se ambos os lados envolvidos no fim do namoro, ainda que às vezes exagerem no humor negro com referencias sexuais.

Por outro lado, o filme beneficia da presença de alguns membros do clã Apatow, como o personagem de Paul Rudd ou o recém-casado, cujas histórias são complementos perfeitos para a trama principal e contribuem para a consolidação deste universo peculiar perfeitamente reconhecível em todos seus filmes (até agora). A melhor coisa sobre o filme é a sua vocação de ser uma mera diversão, sem querer ir muito mais longe que passar bons momentos, nem eles se levam a sério e isso é o que transmite no final.

Nota 7

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