quarta-feira, 21 de julho de 2010

Patrik 1.5 (Patrik, age 1.5)


Por um lado, eu aprecio a facilidade com que abordam a questão da adoção GLBT, que relativamente é bem aceita na sociedade sueca, apesar dos fanáticos que existem em todos lugares. Na verdade, o filme deixa claro que esse casal foi a ultima opção para a criança como se estivessem envolvidos em um leilão.

Sendo um filme mais cômico, que outra coisa, tem uma parte trágica importante, inclusive quase de denuncia homofóbica, mas que esta enfraquecida pela falta de profundidade com que aborda as questões importantes do filme: o casal gay, adoção por homossexuais, adoção de crianças com necessidades especiais, seus problemas específicos (que são muitos)...

O filme tem alguns pontos fracos, para poder criar a trama, que caem sobre seu próprio peso, não é crível que mandem um menino de 15 anos para um casal adotante, sem antes fazer uma prova de adaptação, ou mesmo que considerem que a adequação desse casal possa ser igual para uma criança de 15 meses como de 15 anos. Deste ponto de vista da adoção é um disparate.

O adolescente problemático é bastante turvo, e ele não é mais que uma caricatura do que poderia ser na realidade, se tivesse o currículo criminal, tal como proposto pelo roteiro, dificilmente poderia ter essa evolução, por alguns gestos de acolhimento e carinhos, numa pessoa com esse nível de desconfiança na vida e na sociedade. ‘Porque o amor nem sempre é suficiente. ’

Mas, é um filme fofo, redondo e que emociona às vezes, com um final feliz para agradar a todos. Se servir para jogar a semente da adoção GLBT, é uma opção não apenas legítima, se não, inclusive poder ser mais adequando para alguns meninos ou meninas, o filme ganha mais peso do que realmente tem. E que a moral, a ética e a capacidade de compromisso e de amor se encontram nas famílias que não tem e não pretendem usar a patente da normalidade ou da heterosexualidade.

Nota 7

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