domingo, 1 de fevereiro de 2009

O Menino do Pijama Listrado (The Boy in the Striped Pyjama)s



Adaptar um filme de uma novela convertida recentemente em um best-seller e que milhares de pessoas leram é uma tarefa difícil. Como disse Mark Herman, nessa ocasião se tratou de melhorar o filme que todos os leitores havia feito na mente. A historia é profundamente aterradora porque nos faz intuir o horror através da inocência de olhos alheios ao mal.

O livro de John Boyne me decepcionou em sua maior parte, mas a adaptação ao cine é mais brilhante, vibrante e verdadeira e supera em todos aspectos seu referente literário. Em primeiro lugar a ambientação elegante e sóbria. A narração é elétrica e vai crescendo sempre e o diretor dirige com mão firme todos os aspectos da historia que poderia ter cometido vários erros e que sem embargo da uma lição de como fazer uma adaptação cinematográfica que melhora em todos os aspectos o original literário.

No filme não existe alguns elementos do livro, como o Furer, pra não tirar a importância do verdadeiro eixo da historia: o horror oculto, camuflado, latente frente a aprazível vida de um comandante nazista e sua família. A principal critica do filme não é o genocídio nazismo em si, a verdadeira crítica é de um dos poderes mais malignos que existe no universo, a indiferença.

Justo do outro lado da indiferença esta a curiosidade, a vontade de aprender, de ser consciente da realidade, de explorar o mundo, de estender uma mão e ver que através dos arames tem outra para aperta-la, de ser corajoso e sobre tudo e frente tudo, descobrir que aquele que nos olha com olhos diferentes ao nossos pode ser nosso melhor amigo, Dando uma lição de amor, inocência e fraternidade aos adultos, as crianças protagonistas dessa bela lição de moral entram na escuridão com a maravilhosa luz da amizade.

Nota 9

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