domingo, 6 de setembro de 2009
Up - Altas Aventuras
Pixar novamente nos trás uma obra prima inesquecível do cinema de animação e nesse caso, seu melhor filme sem dúvida. Pura imagem, puro simbolismo, puro cinema.
“UP” narra a historia de um ancião cuja vida foi compartilhada com uma intrépida mulher ansiosa por aventuras que não puderam viver antes que a morte dela os separasse. Agora, Carl Fredricken quer demonstrar a si mesmo que não desperdiçou sua vida e para isso empreenderá a viagem de sua vida... Com a companhia de um menino muito especial chamado Russel. Unidos pelos mesmos sonhos de infância, Carl e Russel se lançam a explorar a América do Sul.
As imagens iniciais resumem perfeitamente o que chamamos de cinema, sem palavras as imagens dizem tudo. O filme emprega a animação 3D com acertos e uma originalidade que somente Pixar nos surpreendeu em varias ocasiões, destacando Ratatouille e Wall-E. O sentido de humor é vislumbrado por todas as partes com grande imaginação de personagens, cenas e historia. Tem momentos estupendos por todo filme: a divertida cena e tocante cena que Carl e Ellie se conhecem, as hilariantes aparições de Kevin e Dug, as conversas dos cachorros com colares tradutores e a simplesmente espetacular decolagem da casa do protagonista. Também é preciso destacar o singular antagonismo, um vilão poderoso e carismático, bastante ambíguo e dinâmico diferente do que a Disney costuma oferecer.
Humor, ternura e mensagens plasmadas em imagens antes de palavras elevadas a potência máxima. Talvez essa seja a melhor mensagem da Pixar, ainda que não seja a primeira vez que nos mostra, mas sem dúvida, aqui tem uma força maior: nunca se render, nunca desistir enquanto podemos lutar e nunca deixar de sonhar. Como em um momento Guillermo Del Toro disse: ‘Uma pessoa, por mais que envelheça, pode seguir jovem no intelecto e sentir-se viva durante toda sua vida’. Nunca foi mais bem dito, esse filme é um perfeito reflexo disso, uma representação de imagens espetaculares sem palavras vazias. Juventude e sabedoria, como ingredientes para superar os maus hábitos.
E como vemos no final do filme: sentados, a criança e o velho sobre o meio fio tomando um sorvete e ao lado um dirigível estacionado (a metáfora de estar disposta a outra viagem em busca de aventura), pois a batalha da felicidade não é um troféu esquivo. Não é questão de ler livros de auto-ajuda para alcançar a felicidade, mas sim a resolução e imaginação para sentar-la ao seu lado
Temos que viver de pequenas utopias.
Nota 10
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