domingo, 16 de novembro de 2008

Calafrio (Eskalofrio) aka Shiver


O cine de horror na Espanha passa por um momento pelo menos curioso, devido aos êxitos de algumas produções surgem outras num segundo planos que pretende aproveitar a onda. Este é o caso de ‘Eskalofrio’, filme que erra até no nome.

É um filme ruim que terá um par de sustos e uma infinidade de incoerências nos argumentos que catapulta para um fracasso bastante considerável. Os atores são péssimos e a lógica brilha pela ausência em todo momento. A doença que causa a mudança de cidade do protagonista ao principio desperta curiosidade dos espectadores, mas vira apenas um fiapo que poderia tecer muito mais e que tem como aspecto positivo a surpresa do espectador quando descobre que não é um filme de vampiros como parecia ser.

Falta originalidade, com efeitos que lembram Blade na aceleração das paisagens e também 30 Dias de Noite com seu conceito da busca da eterna noite. O filme se desenvolve dentro do subgênero que tem predominância dos cenários de bosques desolados, com uma estranha criatura semeando o horror na população.

Sem duvida que a proposta aposta no suspense e no terror com elementos paranormais onde tentar inquietar com situações opressivas, atmosfera densa, cenários sugestivos e um fio de intriga sobre o que realmente esta acontecendo. Isso funciona ate uns 40 minutos do filme, logo começam a ficar entediante porque não avança mais e sua efetividade cai muito por causa dos sustos fáceis tão convencionais do gênero. Para logo cair num redemoinho onde a historia não tem sustento lógico e onde o desenlace termina sendo uma salada de idéias que um roteirista louco rouba idéias de filmes que não tem nada a ver entre si (The Jungle Book, Tarzan, O Predador, Os Outros e todas as de vampiros) e que juntas não tem lógica alguma.

Pena, um passo atrás no cine espanhol devido essa tentativa tão mal desenvolvida, que desperdiça todo o credito de um roteiro que poderia ser levado a um ponto extremamente interessante e que se perde no ridículo mais irrisório quando o filme revela seus mistérios e tenta dar uma explicação estúpida brincando com a inteligência do espectador, deixando obvio ao extremo.

O começo promete, mas termina defraudando muito o publico que quer reviravoltas e um argumento ao menos sólido.

Nota 2

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Trovão Tropical (Tropical Thunder)


Stiller teve algum dos melhores momentos de comédia das ultimas produções made in Hollywood, e agora se reinventou com um novo produto engraçado e inteligente, umas das melhores sátiras jamais feita sobre o cine de guerra e a indústria cinematográfica em anos. A abordagem é tão afiada como original: um grupo de atores tem que filmar o filme definitivo sobre a guerra do Vietnã numa selva da Indonésia, e lá vai ter que enfrentar diretamente com um perigoso grupo de traficantes de drogas, mas acreditando que tudo não passa de um filme.

Alem de contar com um elenco de estrelas (desde o legendário Mickey Rooney até Tom Cruise, Matthew McConaghey, Jack Black, Robert Downey Jr., Jenniffer Love Hewitt e a supermodelo Tyra Banks) Stiller tem a habilidade de criar um mosaico de personagens facilmente reconhecíveis e delirantes.
Merece destaque a desempenho de Downey Jr, que encarna perfeitamente o ator australiano esnobe que é capaz de mudar a cor da pele e coloca próteses quando precisa interpretar um personagem afro americano. Sobre a estrutura do filme, é uma sucessão de surpreendentes e loucas situações que vai sobrepondo geometricamente ate chegar a um final mais perto da grande guignol do que da comédia fina. Sim, é comédia grosseira, mas qual o problema? No final o importante de um filme cômico é que nos faça rir e esta atinge sob medida. O mérito é que Stiller não recorre à escatologia fácil, nem as bobagens fáceis; tem escatologia, mas é bem colocada; há bobagens, mas são colocadas inteligentemente. Tal como fez em “Zoolander”, um filme injustamente esquecido pelo público, que foi uma das comédias mais ácida dos anos 90 sagazmente direcionada a obsessão da moda, nessa ocasião o diretor/roteirista e ator consegue levantar uma reflexão sobre o sucesso e a despersonalização dentro de um impiedoso mundo capitalista, onde não há praticamente espaço para a humanidade. Agora vale tudo e salve-se quem puder, o resto são poses para revistas pra que sai bonito e que possamos opinar sobre. Por isso o importante é ver esse filme com vontade de ri, mas também sem preconceitos de ver humor negro e ainda que parem para pensar no que estamos assistindo (e o melhor é não fazer isso, porque na realidade o que queremos é rir e esquecer do mundo) daremos conta que o filme contém varias cargas de profundidade que dinamitam com muita inteligência a linha flutuante do filisteísmo que existe em nossa sociedade.
Stiller deu muita marcha ao corpo com esse trabalho, nos presenteando confortavelmente uma sessão muito divertida.

Nota 8

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Jogos Mortais 5 (Saw V)


Não esperava que a saga de Saw chegasse à quinta parte, pelo menos com uma nota boa, ainda que tudo seja repetitivo, o que me refiro que tem sangue, armadilhas e adrenalinas, a coisa ainda é boa e não me pega ao ponto do aborrecimento.

A mudança do diretor também não afeta, o diretor sai bem numa nova seqüência da saga mais gore que existe. Não chega a altura de James Wan, mas pelo menos consegue trazer os atores no seu lugar e gerir de forma satisfatória o filme.

Desta vez, o jogo não depende do velho e antigo Jigsaw, Tobin Bell, agora é o seu sucessor que se encarrega das armadilhas e que o fluxo de sangue corra sem parar.

Alem disso o filme é contado depois que termina a parte 4, explicando como se forma o embate Hoffman vs Stram, depois que este descobre que Hoffman é o novo Jigsaw. Podemos ver também as origens de Hoffman, o que levou a conhecer Jigsaw e a descobrir o jogo e planejar as armadilhas.

A historia é boa, na altura da saga e vindo de uma quinta parte, mostra que a situação esta boa. Creio que a saga termina aqui (espero).

Nessa ocasião o gore diminui drasticamente, convertendo essa seqüência a menos sangrenta, porem não menor.

Nota 6