quarta-feira, 25 de junho de 2008

As Ruínas (The Ruins)


Bom, por onde começo?

Ah, sim, é um filme que fala sobre uns estudantes que depois de dias bebendo e se esbaldando em uma praia de Cancun, não visitaram nem uma das maravilhas que o México oferece, nem ao menos Chichén Itzá que esta ao lado e que é um patrimônio da humanidade (porque não ficaram em Santa Mônica ou em Miami, teriam poupado dinheiro e kilômetros), o que rapidamente nos faz acreditar que são norte americanos. Então de repente decidem embarcar numa expedição fuleira para resgatar um alemão que estava acompanhado com sua noiva arqueóloga em uma escavação recém iniciada. Ali acontece tudo que acostuma passar os protagonistas de filmes desse bichos, aqui nesse caso é mais ‘ecológico’. Esqueci de dizer que também tem uns nativos que falam o quase extinto dialeto maia (não falam espanhol) e que são mal encarados.

O resto é o de sempre: cenas de sustos, de gritos, que se corta ali e que se corta acolá, tem a menina histérica, a cena do apaixonado-sacrificado que para salvar a mocinha que puxa o carro mais assustada que uma dona de casa ao ver os preços dos tomares.

Em fim, se quer ver, veja somente porque gosta desse tipo de filme, sem ter alguma expectativa porque se não vai sofrer. Mas existem piores.

Os atores?
Passam diante da câmera e gritam.

Uma boa pedida no filme é a musica do Bonde do Rolê (Solta o Frango).

FUROS E SPOILERS

- Desde quando somente uma arqueóloga vai por conta própria em uma nova jazida arqueológica com uma barraca e um lampião. Não tem companheiros, nem equipamentos, nem meios de comunicação confiáveis, ninguém sabe onde esta e nem se esta viva.
- Se é uma escavação oficial, as autoridades saberiam algo deles, mais nem aparecem e nem os esperam.
- O alemão com o grego e os americanos vão buscar seu irmão desaparecido (sem avisar as autoridades, nem a embaixada, sem esperar ajuda profissional outra vez), deixam uma cópia do mapa do lugar porque se não volta seu colega Dimitri e não volta, então os gregos que sairiam às 7 da manhã seguinte sem avisar ninguém vão para a selva.
- A visão dos mexicanos é xenófoba, entre outras maravilhas da generalização esta que toda a água do México esta contaminada com fezes humanas e todos os mexicanos são gordos, sudorentos, com bigode e viram escravos totais quando lhes mostram uma nota de dólar, isso sem falar dos nativos que vigiam a pirâmide. Deve ser que o Patrimônio do México não tem idéia desse estupendo descobrimento, já que tem tantos.
- O estudante de medica, quebra ossos, corta pernas com faca de caça e cauteriza a amputação com uma frigideira (uau). Mas não é sábio: vai numa excursão resgate sob 40 graus na sombra e não lembra de levar alguns mantimentos, água ou uma simples aspirina, mas sim, levam os celulares porque na selva mexicana tem uma cobertura espetacular.

Nota 3,5


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quarta-feira, 18 de junho de 2008

Jogo de Amor em Las Vegas (What Happens In Vegas)


Se existe algo que não podemos negar é que Las Vegas deslumbra, graças a ao efeito que produzem suas luzes e seus milhares de letreiros de néon, o ruído de centenas de caça-níqueis funcionando 24 horas, a possibilidade de viajar de Roma a Paris sem nem ter que sair do mesmo hotel, o único inconveniente desse lugar onde tudo pode acontecer, tudo é permitido é que tudo que acontece lá, você pagara fora. Isso é o que acontece ao casal de protagonista desse filme que conseguiu colocar a comédia escrachada e romântica vir à tona novamente porque estava condenada a afundar com roteiros repetitivos, atores sem graça e farrelys da vida.

Por um lado temos a rainha indiscutível do gênero, Cameron Diaz, no papel da mulher do séc. XXI que vive para fazer os demais felizes, seja no trabalho, com o namorado ou com amigos, sem parar pra pensar em ela. Por outro temos Ashton Kutcher, que representa um rapaz com... bom, é... tem talento para... ser lindo.

Depois de sofrer um duro golpe em suas respectivas vidas, decidem que a melhor forma para sair do buraco é fazer uma farra impressionante, com muito álcool em Las Vegas. O problema é que quando recuperam da ressaca eles percebem que em algum momento dessa fatídica noite ele disseram: Sim, aceito. E para complicar eles ganham 3 milhões de dólares que nenhum dos dois querem compartilhar com o outro e para arrematar um juiz obriga e viverem 6 meses juntos.

Á partir daí, as situações engraçadas ocorrem sem dar tempo de recuperar entre uma e outra. É que juntar dois pólos tão opostos só pode dar lugar a uma catástrofe de proporções épicas. Adicionamos os melhores amigos de cada um e suas delirantes ocorrências para conseguir o divorcio rápido sem que seus amigos caiam no terrível erro de se apaixonar um pelo outro. Tudo isso com uma trilha sonora funcional. O resultado é um filme gostoso.

Nota 6

Meu Nome é Taylor (Drillbit Taylor)


O primeiro que o espectador pensa ao ser apresentado aos personagens desse filme é que estamos diante de uma espécie de flashback da vida dos protagonistas de Superbad (não é a toa que ambos filmes compartem parte da equipe de roteiristas e produtores). Então temos, o gordinho, o magrinho de óculos e freak que temos que descobrir já que em sua aparência e acredite somente em sua aparência é algo mais normal.

Também nessa ocasião um dos três junta-se a outros dois, amigos de sempre. Tem outras semelhanças, como todos aqueles que caem em clichês nesse tipo de cine norte americano juvenil (festas privadas em mansões, diálogos picantes e gozadores, aventuras e desventuras amorosas, etc.) para ser um versão (não oficial) mais infantil daqueles deliciosos personagens, aqui não existe a obsessão pelo sexo oposto, concentrando apenas nos problemas que os mega-freaks tem no colégio onde são expostos aos abusos dos mais populares. O que tem graça é que um deles é um dos assassinos columbeiros de Elephant, que de alguma maneira se auto parodia.

O problema é que esse filme tem menos graça e é menos inspirado que Superbad (ainda que tem seus pontos altos) e sem a mensagem não tão sutilmente oculta que apontava detalhes da relação entre os protagonistas tão insólitas nesses subgênero, com um final que elevava acima de outras obras similares. Aqui não tem nada disso.

E infelizmente temos Owen Wilson que depois de sua tentativa de sair do meio e não digo somente do cine, não é o mesmo sem Bem Stiller ou Wes Anderson.


Nota 6

Um Crime Americano (An American Crime)


Uma das regras da Igreja Batista Fundamentalista é a seguinte: fidelidade a fé cristã na vida diária, no trabalho, na família, na sociedade e a persistência em pregar a palavra para todas as criaturas. A senhora Gertrude Baniszewsky, viúva, doente e com 7 filhos sobre as costas, decidiu pregar com a cumplicidade de todos seus filhos sua palavra a uma inocente menina de 16 anos, à base de humilhações, torturas, mutilações e abusos sexuais, envolvendo assim todos os vizinhos de um povoado perdido de Indianápolis, no ano de 1965. A menina em questão era Sylvia Likens, que ficou ao cuidado de Gertrude junto a sua irmã menor, já que seus pais teriam que se ausentar por uma temporada devido ao trabalho. Crasso erro. Estavam deixando suas filhas na mão do mal personificado, o mal de uma sociedade que justifica os fatos argumentando que tais castigos são necessários para salvar uma alma perdida.

Poderia ser o argumento de um filme de horror, porem ocorreu nos EUA. Num autêntico e despiedoso crime americano. Sob a pele do horror do resultado final desprendem vapores nauseabundos da repressão sexual, os ensinamentos dos ignorantes a base de surras e humilhações, a imposição férrea de idéias cristãs travestidas em regras fundamentalistas e sobre tudo ilogicidade do ser humano quando a violência se apodera dele e já não pode parar.

Ao assistir, somos surpreendidos por suspiros para aliviar a sensação de náusea enquanto o corpo busca se acomodar na poltrona, que nos obriga a presenciar como quase todo um povoado tortura uma menina inocente. A lista de abusos são intermináveis, ainda que Tommy O’Haver nos mostra uma grande parte do que aconteceu, tão só estamos na ponta do iceberg. Se colocarmos-nos a investigar um pouco, constatamos que os próprios habitantes de Indianápolis considerou esse crime como o mais dantesco perpetrado contra uma pessoa em toda sua historia e o que sofreu a menina passa do limite do suportável. Por isso O’Haver evita que nos revoltemos além da conta e nos mostra o necessário para darmos conta do que podemos ser capazes de fazer em nosso mundo supostamente civilizado e democrático.

Custa falarmos de outra coisa que não seja a historia, porem tenho que ressaltar o magnífico trabalho de Catherine Keener como Gertrudes e de Ellen Page como Sylvia. O choque entre as duas é colossal, mas Keener ganha, porque seu olhar frio, perdido e acolhedor consegue o efeito desejado.

Um Crime Americano é um filme necessário em nosso tempos, no qual a tortura e a humilhação são justificados com fins políticos e que supostamente o correto eticamente sempre mora no ocidente, ainda que ver o filme nos embrulha o estômago.

Nota 9

sábado, 14 de junho de 2008

Fim dos Tempos (The Happening)


Muitos esperavam ansiosamente esse novo filme de Shyamalan, apesar do tropeço em A Dama Na Água , pois parece que o anterior filme não impediu que Fim Dos Tempos fosse um dos filme mais esperados da temporada. Eis que o temos, o diretor resolveu regressar a suas origens brindando com doses puras de suspense nesses filme que a principio se chamaria The Green Effect.

O trailer é fantástico, o suspense e essa sensação de paranóia envolve o filme desde os primeiros minutos. O titulo deixa uma ambigüidade no ‘ar’, às vezes tem um toque gore extra em algumas cenas. A idéia é muito interessante e ai recai todo o peso de Fim dos Tempos.

A idéia central é um prato cheio para intrigas e deixar suspense no ar, mas esta se acaba dramaticamente no ultimo terço do filme, onde simplesmente o roteiro se escapa das mãos do diretor e sentencia o filme com um péssimo final. A idéia dava para muito mais. Para que aquela tonta historia de amor, atuada mediocremente. Quando saímos do cinema temos a sensação de ter sido enganado por um trailer que prometia muito mais.

As atuações ao medianas, mas em momentos se tornam desnecessária e pobres. Alguns personagens são inúteis na historia, inclusive parece forçados para um momento chave do filme.

O filme tenta dar o melhor de si, um trailer assombroso, mas que uma vez na tela, passa por diversas etapas, que vai desde o suspense extremo, as intrigas e a paranóia (tem cenas para recordar), ate a raiva, a confusão e a sensação de ser enganado. Fim dos Tempos contem um excelente inicio, um desenvolvimento ótimo e um pobre final. Uma idéia mal aproveitada. O pior é o que o diretor sempre insinuou o que agora ele mostra.


Prefiro Al Gore.

Nota 5

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Medo da Verdade (Gone Baby Gone)



Nunca imaginei que Bem Affleck acertasse na direção de um filme. Affleck e Aaron Stockard adaptaram a novela de Dennis Lehane, também autor de Sobre Meninos e Lobos, obra que Eastwood adaptou brilhantemente.

Os dois contam com matéria prima parecida, o que faz inevitável as comparações. “Medo da Verdade” é um filme lúcido, um suspense que fala sobre valores morais e o faz de forma tão natural que centenas de perguntas passam pela cabeça de todos os personagens do filme, também passam por nossas cabeças e perguntamos, o que faríamos nos sobre tal dilema, diante de uma situação tão comprometedora? O que é o correto? O que é o incorreto? Quem tem razão, se é que alguém tem?

A verdade é que parte do filme me pareceu previsível. Tem alguns tiroteios longes que não se vê o que ocorre e temos que acreditar no que diz as testemunhas. Se você viu “Os Suspeitos” e uma serie de filme com reviravoltas de roteiro sobre um flash-back, o final não surpreendera. Mas a parte que mais me interessava nesse filme é outra (e esta não é nada previsível e superou minhas expectativas porque Affleck estréia na direção). É a leitura interior do ‘eu’ de cada personagem. Todos tem duvidas sobre o que é o correto.

Desde a melancolia da voz em off inicial, sabemos que será um filme escuro e triste. Como o que existe em volta dos personagens. Ben Affleck é melhor diretor que ator (o qual não era muito difícil, mas ele dirigiu de uma maneira impecável para ser sua primeira experiência).

A fotografia é muito limpa e bonita para a historia que narra, mas tem certas cenas como as ultimas horas do dia com uma luz maravilhosa (como a que esta Ed Harris no telhado com Casey Affleck), que acredito que nos vem dizer, que apesar de tudo existe beleza no mundo.

Souberam alternar planos fixos com travellings dinâmicos nas cenas de ação, o que da ao filme um ritmo adequando em cada momento. Como na vida, existe momentos cômodos e incômodos.

Ademais o filme mostrar que Casey é bem melhor ator que Ben. A profundidade moral do personagem o leva a uma auto-destruição pessoal por cumprir uma promessa e seguir suas convicções até as ultimas conseqüências.

Nessa parte do filme me lembro muito a El Cebo e sua refilmagem The Pledge – A Promessa (detetive que da sua palavra a uma mulher que encontrara a sua filha e fará todo o possível para cumprir sua promessa).

Os últimos cinco minutos são de um anti-climax antológico. Desejo sorte a Bem em sua carreira como diretor e espero não ver ele nunca mais diante as câmeras. Como roteirista ninguém duvida do seu talento, mas nos tortura com suas interpretações nos filmes. Agora como diretor, abriu uma porta de prestigio na qual acredito que deveria agarrar com força.

Nota 8

CJ7


Alguns diretores despertam amor ou ódio, Stephen Chow é um dele e normalmente isso acontece com aqueles que tem uma personalidade bem definida que logo se reflete em seus filme, por exemplo: o odiado Uwe Bol ou o amado Tarantino.

A influencia dos mangas nesse filme e nos anteriores desse diretor esta a flor da pele, muitos defendem seus efeitos, mas esta claro que se um filme desse tipo fosse dirigido por alguém menos conhecido, estaria condenada a vagar por prateleiras de vídeo locadoras ou em sites obscuros na rede. Talvez esse delicioso filme protagonizado por um suposto cachorro alienígena, um garoto estranho, alias muito estranho (provavelmente a meia laranja cinematográfica de Chow e seu herdeiro gestual, ria você de Jim Carrey) e por um pai do estilo Sr. Valores Éticos e Morais, seja mais assistivel em uma tarde de domingo. Trilha sonora? Tem uma canção grudenta dos anos 70 e outra dos anos 80 e uma pros momentos de tensão que ameniza quando rola algo meio anime, mas a diversão e a emoção é garantida.

Chow é um esperto, uma dessas pequenas jóias brutas da cinematografia da China. Diferente de outros diretores, não se resume a um ar intelectual de alguns famosos asiáticos e igual a Kitano conta com um toque muito especial que poucos são capazes de conseguir em seus filmes. O problema é que falar de Chow é falar de um tipo de cine muito particular, mundano e inclusive pouco visto. Dentro de sua filmografia podemos encontrar com todo tipo de historia das mais absurdas que sem embargo apesar de seu aspecto simples e descafeinado conseguem exaltar todo tipo de sentimentos.

CJ7 é um filme puramente Chow, com a presença do pequeno Min Hun Fung como protagonista e com o realizador em segundo plano . Em uma família extremamente pobre composta por esses dois personagens, Min Hun representa a ilusão infantil e o respeito ao seu pai que mantém uma relação muito próxima. Chow além de trabalhar, também da lições para seu filho para fugir dos conflitos que sofre em seu colégio, uma instituição de luxo aceita o menino. A aparição de um estranho objeto alienígena é o acontecimento mais importante do filme, o motivo da metamorfose que sofrera a vida desses personagens, alem de ser o personagem animado mais fofo e chamativo do cinema oriental.

A moral do filme, como é habitual em Chow, é dirigido às classes marginais e faz eco de auto-superação que sempre são capazes de conseguir todos os personagens do diretor, como também sucedo em CJ7. Humor puro e duro combinado com uma boa dose de drama, apto para todos os públicos, um filme que vem mostrar que nem sempre é necessário um humor fino e delicado para entreter. Apesar que às vezes roça o absurdo em muitas ocasiões.

Nota 8

terça-feira, 3 de junho de 2008

O Banheiro do Papa (El Baño del Papa)


Uruguai está localizado na América do Sul, faz fronteira com o Brasil, Argentina e tem sua costa sobre o Rio do Prata e o Oceano Atlântico. Um pai com pouco mais de 3 milhões de habitantes e a base de sua economia é a pecuária.

Como todo país de terceiro mundo realizar qualquer expressão artística e poder levar além de suas fronteiras necessita muito dinheiro, dinheiro que não é destinada a arte devido a pobreza de um país sub-desenvolvido. A qualidade dos filmes uruguaios não são das melhores, não porque não tem bons atores, produtores, etc., mas porque não contam com equipamentos de filmagem mais avançados e porque fazer cinema esta ao alcance de poucas mãos.

O Banheiro do Papa é sem duvida a demonstração de qualidade do cinema uruguaio e que os inconvenientes antes ditos já não são tão notórios. É um belo e simples filme, sem os grandes clichês dos heróis norte-americanos, aqui tem personagens adoráveis e fáceis de encontrar em qualquer país da América Latina.

Totalmente cálido e representativo porque mostra os uruguaios realmente como eles são, com suas ilusões de seguir adiante, com a esperança às vezes incoerentes e sua ingenuidade, com a alma sã e mal intencionada. É um orgulho esse filme feito com suor e lágrimas como tudo que fazemos desse lado do mundo. Verdadeira e maravilhosa que descreve a vida em qualquer povoado do Uruguai e de quase todos os paises da América do Sul.

“Como fazer para sustentar uma família sem trabalho estável, vivendo quase na indigência e sem capacidade de melhorar?”

Quando isso sucede no Uruguai, assim como poderia ser em qualquer país economicamente flutuante, no momento que o Papa vai visitar-lo, pode parecer uma luz de esperança, quando tem uma oportunidade. Essa é a pequena história de um pequeno pobre homem, que trabalha com sua bicicleta na fronteira fazendo contrabando e que tem a idéia de fazer um banheiro e alugar para os visitantes que virão ver o Papa João Paulo II quando chegue na visita programada pelo seu próprio povo lá pelo começo dos anos 80. Um povo inteiro se rende a ilusões com tal oportunidade e enquanto alguns preparam guloseimas, nosso ingênuo protagonista constrói um banheiro com as melhores das intenções. Essa complexa situação é um pretexto para mostrar uma família à beira da separação, mas pela falta de recursos que pela autêntica falta de amor. Com grande êxito mundial esse filme consegue comover pela realista dose de realidade e o toque do cotidiano, porque “O Banheiro do Papa” desarma qualquer pessoa e lhe da a afável esperança que todos nós humanos precisamos.

Fotografia memorável. A trilha te faz levitar e sentir em alguns momentos na própria pele dos personagens, mas nunca chegaremos a estar, nem a entender suas dificuldades que possam ter essa gente.
Roteiro fantástico.

Nota 10

domingo, 1 de junho de 2008

The Signal


Televisão, celulares, rádios são as armas desse filme. Tendencioso ele abusa da comedia e horror num mundo apocalíptico onde as normas normais de socialização não existe mais, pelo ângulo no novo horror indie, esse filme é uma pérola que descaradamente chupa Kiyoushi Kurosawa’s “Pulse”.

Contando com 3 atos intitulados transmissões e não existindo nenhuma diferença notável entre eles no estilo (talvez um pouco mais no segundo que abusa do humor negro), que no final o combo é bem proveitoso.

O roteiro utiliza o mesmo estilo rewind de Pulp Fiction e nunca esta intrínsecos. Original e dinâmico o filme consegue que entramos na pele dos principais personagens e de suas paranóias.

Digno de participar do festival de Sitges e merecedora do premio de melhor filme. Um filme modesto e sem grandes pretensões, pois se concentra nas experiências sofridas pelos protagonistas sem pretender dar uma explicação da origem do sinal, nem suas conseqüências catastróficas.

Uma pérola que desde o principio nos convertemos ao seu próprio sinal do qual não podemos desconectar e nos proporciona um estado empático com diferentes estados de paranóia, neurose e agressividade sofrido pelos personagens.

Nota 8